Publicado em 16 de abril de 2024.

Caro leitor(a), ao seguir a mesma premissa nas edições anteriores e também do volume 5, da Coleção “Organização educação: expansão, políticas públicas e qualidade”, a partir deste volume 6 encontraremos uma diversidade de contextos que se entrelaçam e, ao mesmo tempo, se divergem – mas a principal essência em contextualizar fatores adversos é justamente fazer da ‘contradição’ uma aliada na busca de possíveis soluções que a sociedade tanto almeja – vejamos a seguir:
A educação brasileira ao longo dos tempos passou por inúmeras transformações – sejam elas de caráter econômico, político ou institucional, mas independente dos percalços – no início do século XX a sua infraestrutura pautada nas Leis vão ganhando espaços e atenções, principalmente no que tange as transformações decorrentes na sociedade.
Nos capítulos de 1, 2, 3, 4, 5 vemos abordagens que se entrelaçam desde as políticas públicas, fatores inclusivos e, principalmente, uma atenção para a educação profissional técnica (que cresce de maneira exponencial com a criação dos IF desde 2009). Isso posto, é importante dar essas atenções aos textos: A acolhida de estudantes migrantes no ensino fundamental: um olhar a partir das políticas curriculares; Educação inclusiva e o direito à aprendizagem; A importância da educação bilíngue para estudantes surdos; (Re)pensando o papel dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia na permanência de jovens surdos na educação profissional técnica de nível médio; A influência da cultura sob as representações sociais de educadores frente a alunos autistas.
    Assim, ao seguir essa mesma linha de raciocínio observamos nos textos: Diretrizes norteadoras sobre o transtorno do espectro autista no Brasil; Grupo escolar Barão de Mipibu e a prescrição de exercícios físicos para crianças; Modelos de intervenção aplicados ao transtorno do espectro autista na perspectiva da análise do comportamento aplicada e desenvolvimentista; Projeto libras RPG: experiências de troca e aprendizado da vivência; Sequência didática para o ensino da temática “fungos” com o uso de tecnologias um misto pautado aos viés da globalização e seus aspectos inclusivos por meio das experiências do sujeito-professor e suas habilidades no contexto escolar.
    Ainda, ao seguir os mesmos vieses, temos nos capítulos 11, 12, 13, 14, 15 a relação primordial da educação com o meio ambiente, o ambiente familiar e a inclusão como prática da transversalidade que permeia as artes e também a cultura – fatores fundamentais para se pensar a região do Caribe Colombiano – isso demonstra a maturidade não apenas educacional, mas no fazer correlacional entre os conteúdos e suas relações decoloniais na sociedade.
    Dessa maneira, observamos que, de igual modo, como somos afetados por sermos um país que foi colonizado e, por vezes, ainda com traços sociais, histórico, culturais e linguísticos que nos ‘denuncia’ diariamente. Logo, os capítulos: El bullying en el Tecnológico Nacional de México/Instituto Tecnológico de Cancún; Utilização do kahoot como fermenta educacional: uma revisão de literatura; Robótica educacional como estratégia de ensino de ciências no contexto amazônico; O sentir/falar a partir dos (re)encontros com mulheres  amazônicas; O tribunal de júri simulado no julgamento dos processos éticos no ensino da pós-graduação em enfermagem: relato de experiência; Arte e geoprocessamento: um diálogo para a preservação do patrimônio cultural por meio da arte cemiterial e as tecnologias; O Trade-off entre o salário dos supervisores e dos trabalhadores brasileiros; Some aspects about leadership and project management in higher education – esses 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 – demonstram essas particularidades decolonialistas uma vez que, a educação passa a ser não apenas ferramenta, mas também estratégias de mudanças que por meio das experiências valorizam a cultura como engrenagem social e tecnológica.
Isto posto, acreditamos que é possível uma diversidade de contextos que se entrelacem, mas também contribuam de maneira efetiva para um novo olhar – um novo gesto – uma nova perspectiva educacional – é o que propõe a Coleção “Organização educação: expansão, políticas públicas e qualidade 6”. Boa leitura a todos e acreditamos no bom proveito desses contextos que se alargam em cenários práticos na sociedade.

 
Organizadores
Sérgio Nunes de Jesus
Simone Matia da Silva