Gestão Cultural: Cultura, Desenvolvimento e Mercado
Caros leitores e leitoras;
A obra ‘Gestão Cultural: Cultura, Desenvolvimento e Mercado’, por meio de uma perspectiva interdisciplinar, buscou reunir estudos de áreas diversas que refletem sobre as questões culturais em diversos níveis e contextos, sobretudo no Brasil. Nesse sentido, pensar a gestão cultural passa a ser, em certo modo, um elemento primordial da atividade governamental, bem como para o progresso social, trazendo, por finalidade, a melhoria no desempenho das instituições públicas e privadas ligadas com a vida cultural de determinado contexto.
No primeiro capítulo, de autoria de Caroline dos Reis Lodi, intitulado como ‘Tutela do patrimônio cultural: os modelos brasileiro e italiano”, podemos apreciar, a partir de um contraponto entre Brasil e Itália, de que forma a tutela do patrimônio cultural se manifesta nas leis e nas instituições, revelando, por finalidade, pontos de convergência, avanços e retrocessos sobre as instâncias patrimoniais em ambos os países.
Compondo o segundo capítulo, temos o trabalho, de caráter historiográfico, intitulado ‘O tempo, o trabalho e o divertimento: entre a convivência e as proibições na segunda freguesia de Pedro II na Cuiabá do século XIX’, de autoria de Jhucyrllene Campos dos Santos Rodrigues. Neste capítulo é apresentado o enredo social de divertimentos, dramas e conflitos amorosos e financeiros na região portuária conhecida como Freguesia de Pedro II na Cuiabá do século XIX.
“A rainha e o tambor: elementos fundantes das religiões de matriz africana na escola”, de autoria de Patrícia Pereira de Matos, compõe nosso terceiro capítulo que busca, por meio do canto, do conto e da oralidade, resgatar e enaltecer a cultura negra e as religiões de matrizes africanas que foram [e ainda são] estigmatizadas e silenciadas em nossa sociedade. Portanto, brilhantemente, a autora busca discorrer, criticamente, sobre questões acerca da importância do tambor para fomentar e manter as tradições da diáspora negra no ambiente escolar.
Por fim, no capítulo que encerra essa coletânea temos o manuscrito intitulado ‘Política desenvolvimentista para a produção cinematográfica independente no Brasil e seu impacto na autonomia criativa: um balanço desde a retomada’, de autoria de Ellen Barbosa Abreu. As discussões apresentadas buscam apresentar análises dos dados econômicos do cinema brasileiro desde o início da década 1990, buscando verificar a efetividade da Política Nacional do Cinema (PNC) através da análise do impacto que os recursos de fomento e incentivo possam ter gerado no setor sob o prisma desenvolvimentista, e a interferência acarretada por esse sistema na autonomia criativa e estética dos filmes independentes.
Deste modo, a obra ‘Gestão Cultural: Cultura, Desenvolvimento e Mercado’ apresenta, a partir de uma abordagem crítica ao longo de seus capítulos, uma ampla e densa investigação teórica e metodológica fundamentada em resultados de pesquisas desenvolvidas por professores e professoras que com afinco desenvolveram seus trabalhos que aqui serão apresentados de forma concisa e didática, com a finalidade, de aproximar os leitores com esse universo da gestão cultural.
A todos e todas, uma excelente leitura!
Fabiano Eloy Atílio Batista
Gestão Cultural: Cultura, Desenvolvimento e Mercado
-
DOI: 10.22533/at.ed.666211702
-
ISBN: 978-65-5706-766-6
-
Palavras-chave: 1. Cultura. 2. Gestão cultural. I. Batista, Fabiano Eloy Atílio (Organizador). II. Título.
-
Ano: 2021
Artigos
- A RAINHA E O TAMBOR: ELEMENTOS FUNDANTES DAS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA NA ESCOLA
- TUTELA DO PATRIMÔNIO CULTURAL: OS MODELOS BRASILEIRO E ITALIANO
- O tempo, o trabalho e o divertimento: entre a Convivência e as Proibições na Segunda Freguesia de Pedro II na Cuiabá do século XIX
- POLÍTICA DESENVOLVIMENTISTA PARA A PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA INDEPENDENTE NO BRASIL E SEU IMPACTO NA AUTONOMIA CRIATIVA: UM BALANÇO DESDE A RETOMADA