Publicado em 16 de junho de 2023.

Caros leitores;

A diversidade cultural é um fenômeno presente em todas as sociedades, e o Brasil é um exemplo rico desse mosaico cultural. A diversidade cultural engloba uma variedade de elementos, como línguas, religiões, tradições, costumes, gastronomia e expressões artísticas, que coexistem e se entrelaçam no país. Essa pluralidade é uma característica fundamental da identidade brasileira, resultante do encontro entre diferentes povos indígenas, europeus, africanos e asiáticos ao longo da história. Portanto, tem-se nessa diversidade cultural uma fonte de enriquecimento e aprendizado, que proporciona uma ampla gama de perspectivas, conhecimentos e formas de expressão que contribuem para a construção de uma sociedade mais inclusiva e tolerante.
Nesse sentido, a obra ‘Diversidade cultural: Inovação e ruptura nas experiências de arte e cultura’ busca trazer de forma interdisciplinar discussões que resultam de um diálogo acadêmico, contemporâneo e crítico, sobre a diversidade cultural presente em nossa país, bem como apontar como a cultura e a arte são combustíveis para a inovação e a ruptura com paradigmas estabelecidos, permitindo, por finalidade, a criação e a ampliação das experiências artísticas e culturais que se destacam pela sua originalidade e pela capacidade de impactar e envolver públicos diversos.
No primeiro capítulo, intitulado ‘De roliúde ao sertão – um estudo prático dos palimpsestos carnavalescos da imagem-movimento’ podemos vislumbrar um diálogo sobre as visualidades presentes no desfile do GRES Acadêmicos do Engenho da Rainha em 2020, através de múltiplas referências textuais e imagéticas à cinematografia nordestina, demonstrando como esta desempenha um papel relevante na consolidação e transmissão da memória do cinema nacional.
Dando continuidade às discussões, o segundo capítulo denominado ‘Cancioneiro feminino do Pará’ buscou fomentar o desenvolvimento acadêmico-científico na área de patrimônio cultural e musical, bem como promover estudos sobre memória, identidade, documentação, preservação e difusão do patrimônio cultural da região, no que tange às práticas e representações musicais produzidas pela mulher na Amazônia paraense.
O terceiro capítulo, intitulado ‘A aparição da necessidade nas artes e no design’, tem como propósito instigar a reflexão e questionamentos a partir de uma abordagem contemporânea sobre as relações entre arte e design, especialmente enfatizando as relações entre objeto de arte e finalidade de uso.
‘Desafios para repensar a imagem indígena’ compõe o quarto capítulo, neste texto podemos apreciar uma reflexão, necessária, sobre a representação dos povos indígenas no contexto educacional através da Lei 11.645/08, que tornou obrigatório o ensino da temática indígena na escola, e as lacunas existentes na sua aplicabilidade na Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Algumas reflexões acerca da Lei 11.645/08, sua aplicabilidade na Base Nacional Comum e seus desdobramentos em manuais didáticos foram primordiais para nortear as discussões deste trabalho, tendo como objetivo ampliar o conhecimento e abrir as fronteiras para o estudo das experiências históricas.
Finalizando as discussões, o quinto capítulo intitulado ‘Caixa de música’ traz um resgate cultural de recortes de jornais e revistas com assuntos relacionados à música brasileira, sobretudo entre os anos de 1954 a 1997. No decorrer das análises é possível vislumbrar discussões que perpassam sobre críticas de concertos e festivais de música no Brasil e no exterior, artigos sobre a educação musical no Brasil e em outros países, traduções de artigos sobre música de jornais franceses especializados, o surgimento de novos compositores no cenário mundial, dentre outras temáticas.
Espera-se que este conjunto de textos possa contribuir para ampliar as possibilidades, visões e reflexões de todos os leitores ao fornecer insights críticos e reflexivos sobre a cultura.
 
Desejo a vocês uma excelente leitura! 

Fabiano Eloy Atílio Batista