O que é Scopus: Por Atena Editora
O que é o Scopus e por que ele é importante para a pesquisa científica?
O Scopus é uma das maiores bases de dados bibliográficas do mundo, criada em 2004 pela Elsevier, uma editora científica que atua desde 1880 e que hoje é referência global no setor.
Com mais de 35 mil títulos cadastrados, entre periódicos ativos, inativos, livros, atas de conferências e outras publicações, o Scopus reúne resumos e citações de literatura revisada por pares, abrangendo diversas áreas: ciências exatas, biológicas, médicas, sociais, humanas e artes.
A plataforma oferece um sistema de busca avançado, permitindo pesquisas por: título da publicação, nome do autor ou ORCID, instituição de afiliação ou lista de periódicos e coleções disponíveis
Além disso, traz ferramentas de comparação e avaliação de periódicos, que auxiliam pesquisadores a identificar o impacto e a relevância de revistas científicas em diferentes áreas.
Principais indicadores do Scopus:
Entre as métricas utilizadas pelo Scopus para avaliar periódicos, destacam-se:
- SJR (SCImago Journal Rank): semelhante ao PageRank do Google, classifica citações considerando a relevância do periódico.
- IPP (Impact per Publication): mede a relação entre citações e artigos publicados nos últimos três anos.
- SNIP (Source Normalized Impact per Paper): permite comparar periódicos de áreas diferentes.
- Citations (Citações): total de vezes que os artigos foram citados em um ano.
- Documents (Documentos): número de artigos publicados anualmente.
- % Not Cited: porcentagem de artigos não citados em determinado período.
- % Reviews: proporção de artigos de revisão em um periódico.
Críticas:
Apesar de sua relevância, o Scopus também recebe críticas da comunidade acadêmica, principalmente quanto:
Critérios pouco transparentes:
O Scopus afirma adotar critérios técnicos para indexar periódicos (qualidade editorial, revisão por pares, regularidade de publicação, impacto etc.).
Porém, nem sempre esses critérios ficam claros para a comunidade científica, o que gera a percepção de que algumas escolhas são subjetivas.
Foco em grandes editoras e países centrais:
Muitas vezes, periódicos de grandes editoras internacionais (Elsevier, Springer, Wiley, Taylor & Francis etc.) são priorizados.
Já revistas de países em desenvolvimento ou publicadas por editoras menores enfrentam mais dificuldade em serem aceitas.
Possível exclusão de áreas ou abordagens:
Algumas áreas interdisciplinares ou periódicos de nicho relatam que não conseguem entrar no Scopus mesmo tendo qualidade reconhecida.
Isso gera a crítica de que a base pode ser tendenciosa ao privilegiar certas linhas de pesquisa ou idiomas (sobretudo inglês).
Impacto na visibilidade:
Como o Scopus é uma das bases mais utilizadas, estar fora dela significa menor visibilidade internacional.
Assim, essa “parcialidade” influencia diretamente quais revistas e pesquisadores ganham mais reconhecimento.
Em resumo: a crítica não é de que o Scopus não tem critérios, mas sim de que esses critérios podem privilegiar determinadas editoras, países e idiomas, limitando a diversidade e a representatividade da produção científica mundial.
Conclusão
O Scopus é, sem dúvida, uma das ferramentas mais importantes para quem busca qualidade, visibilidade e impacto científico. No entanto, como toda base de dados, deve ser utilizado com senso crítico, entendendo tanto seus benefícios quanto suas limitações.