Cresce número de representantes indígenas no Ensino Superior
Na última semana, celebramos no Brasil o Dia da Luta dos Povos Indígenas, ainda registrado como “Dia do Índio”. Neste sentido, trazemos como tema do blog nesta semana, um panorama sobre a participação de indígenas no Ensino Superior. De acordo com último Censo de Educação Superior divulgado, o número de universitários que se autodeclararam indígenas cresceu significativamente. O número era de 7 mil em 2010 e subiu para 57.706 em 2018, última vez em que os dados foram divulgados.
Segundo o Censo Populacional de 2010, 0,42% da população do Brasil, cerca de 817.963 indivíduos, declara-se indígena. O aumento dos indígenas nas Universidades se dá , principalmente, pelas políticas de cotas e de valorização identitária dos povos indígenas e quilombolas. A obrigatoriedade da adoção da Lei de Cotas foi estabelecida pelo Decreto Federal nº 7.824, de 11 de outubro de 2012, que incluiu os indígenas no grupo B de cotistas, mas também há políticas variáveis em determinados estados ou instituições, que visam incentivar ainda mais a presença destes povos no Ensino Superior. .
Apesar disso, em alguns ambientes, cursos e congressos, a presença de indígenas ainda é baixa. As razões disso são os muitos obstáculos enfrentados pelos por eles, principalmente o preconceito por parte da sociedade. Outro ponto é a adaptação cultural e as baixas oportunidades de inserção.
Por esta razão, além das cotas, devem ser pensadas políticas públicas que garantam a permanência dos indígenas no ensino superior, e ações que proporcionem a ocupação de lugares nas pós-graduações, mestrados, doutorados e na pesquisa científica. Deve-se debater o tema entre a população e buscar um ensino superior mais plural e igualitário, visando oportunidade para todos, incluindo os indígenas.