A neurociência é a dissecação para a compreensão do comportamento - Atena Editora

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A neurociência é a dissecação para a compreensão do comportamento

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A neurociência é a dissecação para a compreensão do comportamento

A neurociência é a dissecação para a compreensão do comportamento

Embora o estudo do nosso cérebro tenha tido grandes avanços nas últimas décadas, ainda há muito que se desconhece. Cientistas por todo o mundo tentam diariamente descobrir os seus segredos não só para um melhor conhecimento, mas para achar tratamento para inúmeras doenças do foro mental.

Juntamente com os neurônios, o cérebro encerra outra classe de células chamada glia. Existem até 10 a 50 vezes mais células gliais do que os neurónios no sistema nervoso central. As células gliais são classificadas como microglia ou macroglia. As microglias são células fagocitárias que são movimentadas após uma lesão, infecção ou doença. São derivadas de macrófagos e não estão relacionadas com outros tipos de células do sistema nervoso. Os três tipos de microglia são oligodendrócitos, astrócitos e células de Schwann. Os oligodendrócitos e as células de Schwann formam as bainhas de mielina que isolam os axônios e aumentam a condução de sinais elétricos ao longo dos axônios.

Os cientistas conhecem menos sobre as funções das células gliais do que sabem sobre as funções dos neurónios. As células gliais cumprem uma variedade de funções, incluindo:

  • São elementos de apoio no sistema nervoso, fornecendo estrutura e grupos separadores e isolantes de neurónios;
  • Os oligodendrócitos no sistema nervoso central e células de Schwann no sistema nervoso periférico, que formam a mielina, a bainha que envolve certos axónios;
  • São necrófagos que removem os detritos após ferimentos ou morte neuronal;
  • Auxiliares na regulação da concentração do íon potássio (K+) no espaço extracelular e na absorção e remoção de neurotransmissores químicos do espaço extracelular após transmissão sináptica;
  • Guias para a migração dos neurônios e para o crescimento dos axónios durante o desenvolvimento; e
  • Indutores da formação de junções estanques impermeáveis nas células endoteliais que revestem os capilares e vênulas do cérebro para formar a barreira hemato-encefálica.

A barreira hemato-encefálica

A barreira hemato-encefálica protege os neurónios e as células gliais do cérebro de substâncias que os possam afetar. As células endoteliais que formam os capilares e as vênulas tornam esta barreira, formando junções estanques e impermeáveis. Os astrócitos rodeiam as células endoteliais e induzem-nas a formar estas junções. Ao contrário dos vasos sanguíneos noutras partes do corpo que são relativamente vazantes para uma variedade de moléculas, a barreira hemato-encefálica mantém muitas substâncias, incluindo toxinas, afastadas dos neurónios e da glia.

A maioria das drogas não entra no cérebro. Apenas as drogas solúveis em gordura podem penetrar na barreira hemato-encefálica. Estes incluem drogas de abuso, bem como drogas que tratam doenças mentais e neurológicas.

A barreira hemato-encefálica é importante para manter o ambiente dos neurónios no cérebro, mas também apresenta desafios para os cientistas que estão a investigar novos tratamentos para as doenças cerebrais. Se um medicamento não conseguir entrar no cérebro, não pode ser eficaz. Os investigadores tentam contornar os problemas de diferentes maneiras. Algumas técnicas alteram a estrutura do medicamento para o tornar mais solúvel em lípidos. Outras estratégias ligam potenciais agentes terapêuticos a moléculas que passam através da barreira hemato-encefálica, enquanto outras a tentam abrir .

*Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um  Pós-doutor e PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidade Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva

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