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Viúvas, órfãos e mutilados da Guerra do Paraguai: ressentimento, humilhação e esquecimento

Este artigo analisa a experiência social de viúvas, órfãos e mutilados da Guerra do Paraguai (1864–1870), com ênfase na província da Bahia. A partir de jornais da época, como O Alabama e O Tempo, e de documentos preservados no Arquivo Público do Estado da Bahia, busca-se compreender como esses sujeitos viveram a humilhação, o abandono e o ressentimento produzidos pela guerra. Ao invés de reproduzir a narrativa oficial centrada em vitórias e heróis, o estudo recupera vozes esquecidas e problematiza o silêncio historiográfico. Dialogando com Pierre Ansart, Walter Benjamin, Jeanne Marie Gagnebin e Tzvetan Todorov, demonstra-se que a guerra foi também uma experiência de exclusão social e de memória seletiva, na qual a vitória conviveu com derrotas silenciosas.
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Viúvas, órfãos e mutilados da Guerra do Paraguai: ressentimento, humilhação e esquecimento

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.6471125260215

  • Palavras-chave: Guerra do Paraguai; Bahia; ressentimento; viúvas e órfãos; mutilados.

  • Keywords: Paraguayan War; Bahia; resentment; widows and orphans; mutilated soldiers.

  • Abstract: This article analyzes the social experience of widows, orphans and mutilated soldiers of the Paraguayan War (1864–1870), focusing on the province of Bahia. Based on newspapers of the time, such as O Alabama and O Tempo, and on documents preserved at the Public Archives of the State of Bahia, it seeks to understand how these subjects endured humiliation, abandonment and resentment generated by the war. Instead of reproducing the official narrative centered on victories and heroes, the study recovers forgotten voices and problematizes historiographical silences. Drawing on Pierre Ansart, Walter Benjamin, Jeanne Marie Gagnebin and Tzvetan Todorov, it demonstrates that the war was also an experience of social exclusion and selective memory, in which triumph coexisted with silent defeats.

  • Marcelo Santos Rodrigues
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