VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA NA INFÂNCIA: DESCRIÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS NO ESPÍRITO SANTO
Objetivo: Identificar a frequência de violência autoprovocada entre crianças e descrever as características da vítima e do agravo. Métodos: Estudo descritivo que incluiu todos os casos notificados de violência autoprovocada na infância registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) entre 2011 e 2018 no espírito Santo. Os dados foram analisados de forma descritiva a partir das frequências brutas e relativas das variáveis e seus intervalos de confiança de 95% com o uso do software Stata 14.1. Resultados: A prevalência de violência autoprovocada entre crianças no período de estudo foi de 1,2% (IC95%: 0,9-1,6). A maioria foi realizada por crianças na faixa etária de 6 a 9 anos, de raça/cor não branca e sem deficiências/transtornos. Esse evento ocorreu mais frequentemente no ambiente doméstico, no turno da manhã e em residentes da zona urbana. Em mais da metade dos casos o evento foi único e em 86,5% houve encaminhamento para outros serviços da rede de atenção. O envenenamento/intoxicação foi o meio mais utilizado. Conclusões: a violência autoprovocada é um evento presente na infância. Profissionais de saúde precisam estar atentos para quaisquer sinais indicativos desse agravo, a fim de proteger as crianças e minimizar os seus impactos a médio e longo prazo.
VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA NA INFÂNCIA: DESCRIÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS NO ESPÍRITO SANTO
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DOI: 10.22533/at.ed.64021190524
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Palavras-chave: Maus-tratos infantis; Violência; Criança; Exposição à violência; Violência doméstica.
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Keywords: Chil-abuse; Violence; Child; Exposure to violence; Domestic violence.
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Abstract:
Objective: To identify the frequency of self-inflicted violence among children and to describe the characteristics of the victim and the injury. Methods: Descriptive study that included all reported cases of self-inflicted violence in childhood recorded in the Notifiable Diseases Information System (SINAN) between 2011 and 2018 in Espírito Santo. The data were analyzed descriptively from the raw and relative frequencies of the variables and their 95% confidence intervals using the Stata 14.1 software. Results: The prevalence of self-inflicted violence among children in the study period was 1.2% (95% CI: 0.9-1.6). Most were performed by children aged 6 to 9 years, of non-white race / color and without disabilities / disorders. This event occurred more frequently in the domestic environment, in the morning shift and in residents of the urban area. In more than half of the cases, the event was unique and in 86.5% there was referral to other services in the care network. Poisoning / intoxication was the most used method. Conclusions: self-inflicted violence is an event present in childhood. Health professionals need to be on the lookout for any indicative signs of this condition in order to protect children and minimize its impacts in the medium and long term.
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Número de páginas: 14
- Márcia Regina de Oliveira Pedroso
- Odelle Mourão Alves
- Mayara Alves Luis
- Luíza Eduarda Portes Ribeiro
- Gracielle Pampolim
- Ranielle de Paula Silva
- Edleusa Gomes Ferreira Cupertino
- Franciéle Marabotti Costa Leite