Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros
capa do ebook Um corpo negro em diáspora na produção de uma atenção à saúde feminista e antirracista

Um corpo negro em diáspora na produção de uma atenção à saúde feminista e antirracista

A produção de uma atenção à

saúde orientada pelos princípios do feminismo

e antirracismo são ainda recentes nos domínios

da teoria e da prática. Os estereótipos de gênero

nas mulheres as desqualificam e inferiorizam

nas atuações das relações familiares, sociais

e de trabalho. Referente aos estereótipos

atribuídos a mulher negra, em especifico no

âmbito do trabalho, são esperados que estas

ocupem cargos de serviços domésticos ou que

utilizem apenas a força braçal. Deste modo,

percebe-se que a mulher negra profissional

de saúde está em um local que sofre com

opressões interseccionais de gênero e raça.

Esta profissional em constante processo de

descolonização e desconstrução pode produzir

uma atenção à saúde que seja feminista e

antirracista, contudo ao mesmo tempo que tem

consciência para não reproduzir intervenções

danosas, passa por incessantes situações de

opressões por permanecer em um lugar que não

é destinado a uma mulher negra. O modo como

as fonoaudiólogas negras irão exercer a prática

profissional está profundamente relacionada à

sua formação, aos espaços ocupados, assim

como os não ocupados durante a graduação.

A experiência de ser uma fonoaudióloga negra

e atuar em especial na área de atenção à

saúde mental traz à tona a necessidade de

saber lidar com a dupla percepção, do fazer

fonoaudiológico feminista e antirracista, além

de resistir as opressões sexistas e racistas.

Sendo assim, identifica-se a necessidade de

que estas profissionais de saúde ao cuidar de

outras pessoas também possam ser cuidadas

para prosseguir ativas nessa produção de

saúde revolucionária.

Ler mais

Um corpo negro em diáspora na produção de uma atenção à saúde feminista e antirracista

  • DOI: 10.22533/at.ed.90119211118

  • Palavras-chave: feminismo, anti-racismo, atenção à saúde.

  • Keywords: feminism, anti-racism, health care.

  • Abstract:

    The production of health care

    guided by the principles of feminism and antiracism

    is still recent in the fields of theory and

    practice. Gender stereotypes in women disqualify

    and lower them in the actions of family, social and

    work relationships. Referring to the stereotypes

    attributed to black women, specifically in the

    work field, they are expected to occupy domestic

    service positions or to use only manual force.

    Therefore, it is clear that the black woman

    health professional is in a place that suffers from

    intersectional oppressions of gender and race.

    This professional in constant process of decolonization and deconstruction can provide

    health care that is feminist and anti-racist while being aware not to reproduce harmful

    interventions, goes through incessant situations of oppression to stay in a place that

    is not intended for a black woman. The way black speech therapists will practice their

    professional practice is deeply related to their training, the occupied spaces, as well as

    the unoccupied spaces during the undergraduate course. The experience of being a

    black speech therapist and acting especially in the area of mental health care brings up

    the need to know how to deal with double perception, feminist and anti-racial speech

    therapy, as well as resisting sexist and racist oppressions. Thus, the need is identified

    that these health professionals when taking care of other people can also be cared for

    to continue active in this revolutionary health production.

  • Número de páginas: 15

  • Lais Alves Porto
Fale conosco Whatsapp