O estudo aborda a intersecção entre sono e sexualidade por meio da análise dos fenômenos sonofilia, dormofilia e sexsônia. A sonofilia refere-se à atração por pessoas adormecidas; a dormofilia, ao desejo de ser passivo durante o sono; e a sexsônia, a um distúrbio do sono caracterizado por comportamentos sexuais involuntários. Embora distintas, essas manifestações convergem em torno de questões de consentimento, vulnerabilidade e poder, exigindo reflexão ética e abordagem multidisciplinar. A sexsônia destaca-se pelo caráter clínico e forense, pois envolve atos sem consciência ou lembrança, requerendo diagnóstico diferencial por meio da polissonografia. Já a sonofilia e a dormofilia situam-se no campo das parafilias e suscitam debates sobre fantasia, controle e entrega. A pesquisa reforça a importância de práticas éticas, diálogo aberto e educação sexual para reduzir estigmas e promover compreensão mais ampla da sexualidade humana, integrando aspectos médicos, psicológicos e sociais.