SAZONALIDADE DE LEISHMANIOSE VISCERAL: DESCRIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA BASEADA EM FATORES PLUVIOMÉTRICOS DO ESTADO DO TOCANTINS
INTRODUÇÂO: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença parasitária causada pelo protozoário Leishmania infantum e de transmissão vetorial, em especial por vetores como o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. Esta doença está diretamente relacionada a fatores ambientais e sanitários. Neste sentido, destaca-se a questão pluviométrica como um fator importante no acréscimo no número de casos de LV no estado do Tocantins. OBJETIVOS: Descrever a epidemiologia e a sazonalidade da Leishmaniose Visceral no estado do Tocantins durante o biênio 2018-2019. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo com dados do Sinan/DATASUS relativo aos casos de Leishmaniose Visceral no estado do Tocantins nos anos de 2018 e 2019. Os dados referentes à pluviometria foram acessados utilizando por base a pesquisa de Roldão e Ferreira (2019), a qual utilizou dados da Agência Nacional de Águas, e dados do projeto Reanalysis do National Centers for Environmental Prediction/National Center for Atmospheric Research para as características pluviométricas/climáticas do estado durante o período pesquisado. RESULTADOS: Foram registrados aproximadamente 236 e 184 casos nos anos de 2018 e 2019 respectivamente. A incidência encontrada foi maior em cidades de pequeno-médio porte, em transição urbana. DISCUSSÂO: Os casos de Leishmaniose seguem um padrão de surgimento condizente com os períodos de maior pluviosidade no estado do Tocantins durante o período pesquisado. Tais fatores associados às características sanitárias do estado tornam-se preocupantes levando em consideração a epidemiologia da LV na região. CONCLUSÃO: Infere-se que as cidades em crescimento estão mais suscetíveis a incidências maiores de LV. Todavia, estudos maiores são necessários para ratificar esta hipótese.
SAZONALIDADE DE LEISHMANIOSE VISCERAL: DESCRIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA BASEADA EM FATORES PLUVIOMÉTRICOS DO ESTADO DO TOCANTINS
-
DOI: 10.22533/at.ed.98221180612
-
Palavras-chave: Leishmaniose Visceral; Pluviometria; Planejamento Sanitário.
-
Keywords: Visceral leishmaniasis; Pluviometry; Sannitary planning.
-
Abstract:
INTRODUCTION: Visceral Leishmaniasis (VL) is a parasitic disease caused by the protozoan Leishmania infantum and vector transmission, especially by vectors such as the sandfly Lutzomyia longipalpis. This disease is directly related to environmental and sanitary factors. Therefore, the pluviometric issue stands out as an important factor in the increase in the number of cases of VL in the state of Tocantins. OBJECTIVES: To describe the epidemiology and the seasonality of Visceral Leishmaniasis in the state of Tocantins during the years of 2018 and 2019. METHODOLOGY: This is a descriptive study with data from Sinan/DATASUS related to cases of Visceral Leishmaniasis in Tocantins’s state in 2018 and 2019. Rainfall’s data were accessed based on Roldão and Ferreira’s research (2019), which used data from the National Water Agency, and data from the Reanalysis project of the National Centers for Environmental Prediction/National Center for Atmospheric Research to describe the rainfall characteristics/climatic conditions of the state of Tocantins. RESULTS: Approximately 236 and 184 cases were recorded in the years 2018 and 2019 respectively. The incidence found was higher in small-medium sized cities, in urban transition. DISCUSSION: Leishmaniasis cases follow a pattern of appearance consistent with the periods of greatest rainfall in the state of Tocantins. Such factors, when associated with the state's health characteristics, become worrisome from the point of view of the epidemiology of VL in the region. CONCLUSION: It is inferred that growing cities are more susceptible to higher incidence of VL. However, larger studies are needed to confirm this hypothesis.
-
Número de páginas: 12
- Gabriela Sá e Silva
- Rodolfo Lima Araújo
- Guilherme Xavier Cunha