Vivenciamos um período permeado

por discursos e reflexões no cenário educacional

que trazem para o cerne da discussão a formação

docente sobre sexo e sexualidade. Tendo em

vista esta recorrente constatação, é importante

interrogarmo-nos sobre as concepções de

formação apresentadas na literatura. Quais

elementos constituem a prática docente? Quais

os dilemas presentes na formação docente que

o professor se sinta seguro para tratar do tema?

Nessa perspectiva, temos como objetivo realizar

uma sucinta periodização sobre a formação de

professores no Brasil; apresentar abordagens

teóricas acerca da formação docente; discorrer

sobre alguns elementos constitutivos da ação

docente e refletir sobre dilemas da formação.

Utilizamos como aportes teóricos, Anastasiou

(2003), Saviani (2010, 2012), Morin (2012),

Nóvoa (1995,2011) e Tardif (2013) RIBEIRO,

P. R. M (2006). In: FIGUEIRÓ (2009). Dentre

outros. Ancorados nos aspectos apresentados,

consideramos salutar discorrermos brevemente

sobre a educação destacando a ausência

ou presença de formação docente numa

perspectiva histórica. Portanto, é pertinente

refletirmos sobre o que vem a ser formação

de professores envolvendo as questões da

sexualidade? O profissional da educação ao

se deparar com questões que perpassam a

sexualidade deve estar capacitado para abordar

e tratar a temática de forma reflexiva, livre das

amarras, dos preconceitos, tabus e crenças, indo

muito além de abordagens pontuais e baseadas

no senso comum. Desse modo, a capacitação

do educador é fator imprescindível, além de

que podemos perceber que transformações

e mudanças não se implantam somente por

legislações e diretrizes é preciso planejamento,

formação dos envolvidos e paralelamente

vontade e predisposição dos gestores públicos

e educacionais. Vislumbramos assim, uma

educação sexual emancipatória, com marcas

de criticidade, alteridade e reflexão.