REVISÃO INTEGRATIVA: ANÁLISE E COMPILAÇÃO DOS TIPOS E PREVALÊNCIA DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES NO BRASIL
Introdução: O parto é um momento crucial para a humanidade, logo, os profissionais que atuam neste devem ter, além de conhecimento técnico, máximo respeito e cuidado à parturiente. Entretanto, existe uma prevalência significativa de más-práticas nos cuidados no parto, que correspondem a denominada violência obstétrica. Sua existência reflete uma inadequada experiência de parto nas maternidades brasileiras, o que instiga sobre sua prevalência, comportamento e características. Objetivos: A presente revisão integrativa estudou 14 artigos científicos que analisaram a temática da violência obstétrica quantitativamente, com objetivo de responder uma pergunta guia: qual a prevalência dos diferentes tipos de violência obstétrica nas maternidades brasileiras na última década? Métodos: A estratégia metodológica utilizada foi a revisão integrativa de literatura, utilizando 14 artigos que abordaram o tema da violência obstétrica em maternidades brasileiras na última década. O levantamento bibliográfico foi realizado com a utilização das seguintes bibliotecas virtuais: SciELO, MEDLINE via Pubmed e portal BVS, com acesso a suas bibliotecas virtuais específicas (LILACS e BDENF) sendo incluídas publicações de natureza quantitativa, nos idiomas português, inglês ou espanhol, no período entre 2010 a 2020. Os estudos selecionados foram organizados objetivando classificar cada ato ou má-prática em uma das sete categorias definidas por Hill e Bowser e reconhecidas pela OMS. Resultados: Analisando as informações dos artigos selecionados em relação à média geral de prevalência de cada categoria de violência obstétrica, observou-se o seguinte: abuso físico 23%, cuidado não consentido 67%, cuidado não confidencial 1%, cuidado indigno 4%, discriminação baseada em atributos específicos da paciente 0%, abandono de cuidados 5%, detenção em instalações 0%. Conclusões: Esta revisão lança luz sobre a existência e prevalência da violência obstétrica, com destaque a categoria ‘cuidado não consentido’ como a principal nas maternidades brasileiras, além de evidenciar a necessidade de produção científica para aprofundar o tema, visando reduzir sua incidência.
REVISÃO INTEGRATIVA: ANÁLISE E COMPILAÇÃO DOS TIPOS E PREVALÊNCIA DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES NO BRASIL
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DOI: 10.22533/at.ed.62521010318
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Palavras-chave: Parto Obstétrico; Brasil; Violência Obstétrica
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Keywords: Obstetric Delivery; Brazil; Obstetric Violence
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Abstract:
Introduction: Childbirth is a crucial moment for humanity, therefore, the health professionals must have, in addition to technical knowledge, maximum respect and care for the parturient. However, there is a significant prevalence of malpractice in childbirth care, which corresponds to so-called obstetric violence. Its existence reflects an inadequate experience of childbirth in Brazilian maternities, which instigates its prevalence, behavior and characteristics. Objectives: This integrative review studied 14 scientific articles that analyzed the theme of obstetric violence quantitatively, in order to answer a guiding question: what is the prevalence of different types of obstetric violence in Brazilian maternity hospitals in the last decade? Methods: The methodological strategy used was the integrative literature review, using 14 articles that addressed the topic of obstetric violence in Brazil in the last decade. The bibliographic survey was carried out using the following virtual libraries: SciELO, MEDLINE via Pubmed and the VHL portal, with access to their specific virtual libraries (LILACS and BDENF), including publications of a quantitative nature, in Portuguese, English or Spanish, in period from 2010 to 2020. The selected studies were organized with the objective of classifying each act or malpractice into one of the seven categories defined by Hill and Bowser and recognized by WHO. Results: Analyzing the information in the selected articles in relation to the general average prevalence of each category of obstetric violence, the following was observed: physical abuse 23%, non-consented care 67%, non-confidential care 1%, unworthy care 4%, discrimination based on specific attributes of the patient 0%, abandonment of care 5%, detention in facilities 0%. Conclusions: This review sheds light on the existence and prevalence of obstetric violence, with emphasis on the category 'non-consented care' as the main in Brazil, in addition to highlighting the need for scientific production to deepen the theme, aiming to reduce its incidence.
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Número de páginas: 15
- Gabriel Ribeiro Messias Paraíso
- Ana Carolina Batista Rodrigues
- Marina Sophia Leite Rodrigues
- Bruno Barbosa Linhares