RESTRIÇÃO À DIFUSÃO NO GLOBO PÁLIDO ASSOCIADO À TERAPIA COM VIGABATRINA
Um exame de imagem de ressonância magnética (RM) de acompanhamento de rotina foi realizado em uma paciente de 11 meses com síndrome de West que estava sendo tratada com vigabatrina por cinco meses (131,5 mg / kg / dia). A ressonância magnética mostrou alterações preocupantes na ressonância magnética com difusão restrita do globo pálido bilateral. Vários diagnósticos diferenciais foram inicialmente considerados como lesão neurológica difusa, incluindo lesão hipóxico-isquêmica, doença de Wilson e doença de Leigh. Anormalidades transitórias de ressonância magnética foram associadas ao uso de vigabatrina1 e anormalidades de ressonância magnética associadas à vigabatrina ocorrem em 10-20% dos bebês tratados 2. Estudos em animais associaram o uso de vigabatrina a anormalidades histopatológicas, como microvacuolização de células gliais e edema intramielínico (IME)3,4. Atualmente, não há evidências que sugiram que essa anormalidade na RM ocorra em crianças ou adultos tratados com vigabatrina para convulsões parciais complexas (CPS)5. Os neurorradiologistas devem estar atentos para reconhecer esses achados de ressonância magnética induzidos pela vigabatrina porque essas alterações são transitórias e assintomáticas na maioria dos casos e há remissão mesmo se o tratamento com vigabatrina for continuado1.
RESTRIÇÃO À DIFUSÃO NO GLOBO PÁLIDO ASSOCIADO À TERAPIA COM VIGABATRINA
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DOI: 10.22533/at.ed.66221100919
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Palavras-chave: Vigabatrina; difusão restrita; RM; globo pálido
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Keywords: Vigabatrin; restricted diffusion; MRI; globus pallidus.
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Abstract:
A routine follow-up magnetic resonance imaging (MRI) exam was performed in a 11- month-old female patient with West syndrome who was being treated with vigabatrin for five months (131,5 mg / kg / day). The MRI showed worrisome MRI changes with bilateral globus pallidus restricted diffusion. Several differential diagnoses were initially considered as diffuse neurologic injury, including hypoxic-ischemic injury, Wilson disease and Leigh disease. Transient MRI abnormalities has been associated with the use of vigabatrin1 and vigabatrin-associated MRI abnormalities occur in 10-20% of treated infants2. Animal studies associated the use of vigabatrin with histopathologic abnormalities such as microvacuolization of glial cells and intramyelinic edema (IME)3,4. Presently, there is no evidence to suggest that this MRI abnormality occurs in children or adults treated with vigabatrin for complex partial sizures (CPS)5. The neuroradiologists should be aware to recognize these vigabatrin-induced MRI findings because these changes are transient and asymptomatic in the majority of cases and resolve even if treatment with vigabatrin is continued1.
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Número de páginas: 7
- Régis Augusto Reis Trindade
- Lillian Gonçalves Campos
- Juliano Adams Perez
- Marilza Vallejo Belchior
- JULIANA ÁVILA DUARTE