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capa do ebook RENDIMENTO BÁSICO INCONDICIONAL  A PERCEÇÃO EM PORTUGAL

RENDIMENTO BÁSICO INCONDICIONAL A PERCEÇÃO EM PORTUGAL

Numa altura em que o debate

económico e social se intensifica a nível mundial,

fruto das preocupações com o aumento da

pobreza no mundo e o progressivo afastamento

entre ricos e pobres, urge encontrar caminhos e

alternativas económicas e sociais que possam

ser testadas e colocadas em prática. A recente

distinção de Abhijit Banerjee, Esther Duflo e

Michael Kremer, com o Prémio Nobel da Economia

de 2019, pela “abordagem experimental” nos

estudos relacionados com formas de mitigação

da pobreza pode ser considerada uma prova

dessa urgência. Este estudo exploratório sobre

a perceção dos Portugueses relativamente ao

Rendimento Básico Incondicional (RBI) inicia

com a evolução histórica e epistemológica do

conceito “trabalho” de forma a percebermos

as várias interpretações ao longo do tempo;

posteriormente são apresentadas algumas

reflexões teóricas defendidas por vários

autores ao longo do tempo e terminaremos a

contextualização teórica visitando algumas

experiências e abordagens já realizadas

em vários locais a nível Mundial. O RBI –

Rendimento Básico Incondicional ou RBU –

Rendimento Básico Universal, tem defensores

e oponentes, ambos os lados com argumentos

convincentes sobre a sua aplicabilidade prática,

no entanto, não podem ser tiradas conclusões

sem experiências e resultados convincentes

no terreno. Da mesma forma, a ideia não deve

ser abandonada sem percebermos a sua real

aplicabilidade, pois o seu sucesso poderá ser

importante para o desenvolvimento futuro do

Mundo. Os estudos sobre o RBI ainda estão no

início, ainda que o tema seja debatido por vários

investigadores desde o século passado como

veremos; alguns países lançaram projetos

piloto recentemente ou estão a considerar a

sua implementação. A pergunta que se impõe

é se o tema está suficientemente percebido e

interiorizado pelas populações ou se se ficou

pela reflexão académica. Em Portugal a temática

surge de tempos a tempos na comunicação

social; não existindo investigação suficiente

sobre o tema nem conhecimento por parte da população, como veremos, somos de

opinião que o debate ainda nem sequer se iniciou. Dessa forma entendeu-se premente

o contributo Português para o enriquecimento do conhecimento sobre as temáticas do

“futuro do trabalho”, “o trabalho do futuro” e mais especificamente sobre o Rendimento

Básico Incondicional. Para percebermos a perceção dos Portugueses sobre o tema,

preparamos um questionário, que foi respondido por 273 pessoas. Os resultados

são evidentes e indicam que existe um grande desconhecimento da generalidade da

população sobre a temática RBI, pelo que é fundamental e urgente lançar o debate

na opinião publica Portuguesa, de forma que, mesmo antes da formação de opiniões

empíricas por parte da população, o conhecimento e discussão sobre o tema seja feito

duma forma cuidada e objetiva, assente em literatura e abordagens de investigadores

internacionais, bem como em estudos e resultados de experiências anteriores.

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RENDIMENTO BÁSICO INCONDICIONAL A PERCEÇÃO EM PORTUGAL

  • DOI: 10.22533/at.ed.8372019025

  • Palavras-chave: Futuro, Rendimento Básico Universal, Trabalho.

  • Keywords: Future, Universal Basic Income, Work.

  • Abstract:

    At a time when the economic and social debate is intensifying worldwide,

    as a result of concerns about rising world poverty and the growing gap between rich

    and poor, there is a need to find ways and alternatives that can be tested and put

    into practice. The recent distinction of Abhijit Banerjee, Esther Duflo and Michael

    Kremer, with the 2019 Nobel Prize for Economics, for the “experimental approach”

    in studies related to forms of poverty relief can be considered as evidence of that

    need. This exploratory study on the Portuguese perception of Universal Basic Income

    (UBI) begins with the historical and epistemological evolution of the concept “work”

    in order to understand the various interpretations over time; Subsequently, some

    theoretical reflections sustained by several authors over time are presented and we

    will end the theoretical contextualization by visiting some experiences and approaches

    already carried out in various locations worldwide. UBI – Universal Basic Income has

    its defenders (?) and opponents, both sides with convincing arguments about their

    practical applicability, however, conclusions cannot be drawn without convincing

    experience and results on the ground. Similarly, the idea should not be abandoned

    without realizing its real applicability, as its success could be important for the future

    development of the world. UBI studies are still in in its early stages, although the topic

    has been debated by many researchers since the last century as we shall see. Some

    countries have recently launched pilot projects or are considering their implementation.

    The question that arises is whether the theme is sufficiently understood and internalized

    by the populations or if it has been left to academic reflection. In Portugal, the theme

    arises from time to time in the media; If there is not enough research on the subject or

    knowledge from the population, as we will see, we are of the opinion that the debate

    has not even begun. Thus, we find the Portuguese contribution to the enrichment of

    knowledge about the theme of the “future of work”, “the work of the future” and more

    specifically about Universal Basic Income. To understand the Portuguese perception

    on the subject, we prepared a questionnaire, which was answered by 273 people. The

    results indicate that there is a great lack of knowledge of the general population about

    the UBI theme, so it is essential and urgent to launch the debate in Portuguese public

    opinion, so that even before the formation of empirical opinions by the population,

    knowledge and discussion on the subject is done in a careful and objective manner,

    based on studies and results of previous experiences, in order to base them on scientific

    results produced by various international researchers.

  • Número de páginas: 25

  • Cristiana Silva Azevedo
  • João Filipe Monteiro Ribeiro
  • Diamantino Ribeiro
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