Introdução: O câncer de colo

uterino é uma neoplasia frequente, responsável

por 528.000 casos em 2012 com 266.000

óbitos registrados no período¹. No Brasil é

estimado 16.370 novos casos em 2018². O

adenocarcinomaendometrioide origina-se de

células do epitélio podendo progredir com

invasão das estruturas uterinas e adjacentes

ao orgão². Objetivo: Apresentar relato de

caso de Adenocarcinomaendometrióide

com recidiva após tratamento cirúrgico, cujo

tratamento quimioterápico e radioterápico

obteve remissão total. Materiais e métodos: O

relato de caso foi realizado com a utilização

dos dados do prontuário e imagens dos

exames diagnósticos. Resultado: R.C.C.L,

mulher, 25 anos, metrorragia recorrente há

4 meses. Fevereiro (2014), exame físico colo

uterino endurecido e sangrante. Submetida à

colposcopia com biópsia, anatomopatológico

mostrou adenocarcinomaendocervical

moderadamente diferenciado (IB1). A

paciente foi submetida à pan-histerectomia.

Com resultado anatomopatológico de

adenocarcinomaendometrióide infiltrando

parede cervical T 2.8cm GH1, IVS. Corpo

uterino e anexos sem neoplasia. Tratamento

adjuvante não indicado. 2 meses após, a

paciente evolui com dor abdominal intensa,

RNM de Pelve mostrou lesões solidas

expansivas do fundo vaginal até o sítio cirúrgico.

Diante da recidiva volumosalocorregional foi

realizado tratamento com Cisplatina, Paclitaxel

e Avastin Em novembro (2014), PET mostrou

remissão completa da doença. Após a resposta

foi realizado tratamento com radioterapia

associado a cisplatina e gencitabina por 1

mês, seguido de 2 ciclos a cada 21 dias.

Após, realizou citologia oncótica e biopsia

por colposcopia sem evidencia de doença,

PET sem alterações. Seguimento até 2018

sem alterações. Conclusão: Os esquemas de 

quimioterapia com base de cisplatina conferem sobrevida Global de 12 meses3. No

caso resultou em remissão completa e 4 anos de intervalo sem progressão. Portanto,

foi indiscutível o benefício do tratamento, despertando a reflexão sobre o impacto e a

necessidade dessa droga no cenário metastático, onde encontramos pacientes cada

vez mais jovens podendo se beneficiar do aumento de sobrevida.