A complexa compartimentação geológico-geomorfológica do Estado do Rio de Janeiro revela um mosaico de paisagens condicionado, primordialmente, por condicionantes litoestruturais de um intrincado substrato ígneo-metamórfico amalgamado durante o ciclo Brasiliano (HEILBRON et al., 2016) e realçados por uma tectônica de idade Cenozoica (HACKSPACKER et al., 2003) e pela variação do nível relativo do mar, durante o Quaternário Superior. A despeito do fato de que o Rio de Janeiro é um dos menores estados da Federação, com menos de 45.000 km², este apresenta um conjunto muito diversificado de padrões e formas de relevo, tanto de agradação (desde extensas planícies fluviais, até vastas planícies fluviomarinhas e feixes de cordões arenosos de origem marinha), quanto de denudação (desde tabuleiros, colinas e morrotes, até serras e escarpas). Um destaque especial deve ser conferido às vertiginosas escarpas das serras do Mar e da Mantiqueira que atingem cotas, por vezes, superiores a 2.000 metros de altitude.