O Programa Nacional de Acesso

ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi

criado pelo Governo Federal, em 2011, com

o objetivo de ampliar a oferta de cursos de

educação profissional e tecnológica. As vagas

para os cursos profissionalizantes são abertas

em escolas públicas estaduais, nos Institutos

Federais de Educação, Ciência e Tecnologia

e nos Serviços Nacionais de Aprendizagem -

como o Senai e o Senac. De cada 100 inscritos,

27 não terminam os cursos do Pronatec. A

taxa oficial é de 12% de evasão. O sistema de

ensino, ao explorar igualmente as contradições

inerentes à sociedade capitalista é ou pode

ser um instrumento de mediação na negação

destas relações sociais de produção. O sistema

de ensino brasileiro se organizou atendendo a

lógica de exclusão e desigualdade da sociedade.

O ensino médio acabou se constituindo como

lugar de discriminação sócio intelectual e

reprodução cultural dos valores dominantes.

O ensino acabou se dividindo em duas redes:

formativa e propedêutica e a profissionalizante.

Realizamos um trabalho de observação

participante no Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia (IFG) Campus Anápolis. O

IFG Campus Anápolis iniciou sua oferta de cursos

vinculados ao Pronatec em agosto de 2012 com

nove cursos, e em 2015 ofereceu cinco cursos:

Desenhista da Construção Civil, Programador

Web, Assistente Administrativo, Almoxarife e

Editor de vídeo. Como instrumento de coleta de

dados, utilizamos a aplicação de questionários

e entrevistas, direcionados para os alunos

destes cursos profissionalizantes oferecidos

pelo Pronatec. Buscamos informações e

dados sobre os alunos do Pronatec. Se estão

conseguindo ou não cumprir o maior objetivo

do programa: conquistar um lugar no mercado

de trabalho, ou abrir seu próprio negócio, como

empreendedores individuais.