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REFLEXIONES SOBRE LA DESIGUALDAD DE GÉNERO Y LA VIOLENCIA CONTRA LAS MUJERES EN TIEMPOS DE PANDEMIA

A violência contra a mulher continua sendo um tema recorrente no Brasil e em muitos outros países, apesar dos avanços legislativos e sociais. Já se passaram dezenove anos desde a promulgação da Lei Maria da Penha, considerada pela ONU uma das três melhores normativas do mundo em matéria de proteção da mulher em situação de violência doméstica e familiar. No entanto, os índices seguem alarmantes, especialmente após a pandemia de COVID-19, que acentuou os casos de violência doméstica devido ao isolamento social e à crise econômica. O fenômeno da violência contra a mulher manifesta-se de múltiplas formas: física, psicológica, sexual, moral e patrimonial, sendo o âmbito familiar o espaço onde mais se reproduzem essas condutas. O lar, que deveria significar segurança, muitas vezes se converte em um ambiente temerário, marcado pelo medo e pela intimidação. Nesse contexto, a sociedade brasileira revela ainda uma forte influência do patriarcalismo, o que dificulta a ruptura dos ciclos de agressão e perpetua a subordinação da mulher. As estatísticas são contundentes. Segundo uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021 mais de 4,3 milhões de mulheres brasileiras maiores de 16 anos foram vítimas de violência física, o que equivale a que a cada minuto oito mulheres sofriam agressão no contexto da pandemia. Além disso, muitas dessas violências terminam se agravando, resultando em feminicídios, o que demonstra a necessidade de medidas mais efetivas e de maior alcance social. A Lei Maria da Penha (n.º 11.340/2006) já sofreu mais de 23 modificações legislativas desde sua criação, sempre com o objetivo de reforçar os mecanismos de proteção. Contudo, persistem obstáculos estruturais: a falta de recursos adequados, a insuficiente difusão dos instrumentos de tutela e, principalmente, o temor de muitas mulheres em denunciar por conta da dependência econômica, pressões culturais ou medo de represálias. A desigualdade no mercado de trabalho, em que os homens ainda desfrutam de maiores oportunidades e melhores salários, também mantém muitas mulheres em situação de dependência e vulnerabilidade. O problema da violência de gênero, além de possuir raízes legais e políticas, carrega um forte componente cultural. Autores como Millett, Saffioti e Foucault assinalam que o patriarcado estrutura as relações sociais de poder, reproduzindo hierarquias baseadas em gênero, classe, raça e idade. O ambiente familiar se converte em um microespaço onde essas relações de dominação se intensificam, gerando traumas sociais, emocionais e políticos de grande alcance. Ao longo da história, diversas mulheres e movimentos feministas desempenharam um papel crucial na luta pelos direitos e pela igualdade de gênero. Figuras como Olympe de Gouges, Mary Wollstonecraft, Simone de Beauvoir, Bertha Lutz e Maria da Penha são exemplos de resistência e coragem frente a sistemas opressivos. Graças a essas lutas, foram conquistados direitos fundamentais como o voto, a educação feminina e a denúncia pública contra a violência doméstica. Em conclusão, a violência contra a mulher no Brasil reflete um grave problema estrutural, no qual convergem fatores sociais, econômicos, culturais e jurídicos. Embora existam leis avançadas, como a Lei Maria da Penha, sua efetividade depende de políticas públicas mais consistentes, da ampliação do acesso à informação e de uma mudança cultural que promova a igualdade de gênero e o respeito aos direitos humanos. Superar esse cenário implica fortalecer a consciência social, fomentar a sororidade e garantir condições materiais para que as mulheres rompam com o ciclo da violência, construindo assim uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.
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REFLEXIONES SOBRE LA DESIGUALDAD DE GÉNERO Y LA VIOLENCIA CONTRA LAS MUJERES EN TIEMPOS DE PANDEMIA

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.4331425080713

  • Palavras-chave: violência de gênero; direitos humanos; igualdade de gênero

  • Keywords: violencia de género; derechos humanos; igualdad de género

  • Abstract: La violencia contra la mujer continúa siendo un tema recurrente en Brasil y en muchos otros países, a pesar de los avances legislativos y sociales. Han pasado diecinueve años desde la promulgación de la Ley Maria da Penha, considerada por la ONU una de las tres mejores normativas del mundo en materia de protección de la mujer en situación de violencia doméstica y familiar. Sin embargo, los índices siguen siendo alarmantes, especialmente tras la pandemia de COVID-19, que acentuó los casos de violencia doméstica debido al aislamiento social y a la crisis económica. El fenómeno de la violencia contra la mujer se manifiesta de múltiples formas: física, psicológica, sexual, moral, matrimoniale y patrimonial, siendo el ámbito familiar el espacio donde más se reproducen estas conductas. El hogar, que debería significar seguridad, muchas veces se convierte en un entorno temerario, marcado por el miedo y la intimidación. En este contexto, la sociedad brasileña revela aún una fuerte influencia del patriarcalismo, lo que dificulta la ruptura de los ciclos de agresión y perpetúa la subordinación de la mujer. Las estadísticas son contundentes. Según una investigación del Fórum Brasileño de Seguridad Pública, en 2021 más de 4,3 millones de mujeres brasileñas mayores de 16 años fueron víctimas de violencia física, lo que equivale a que cada minuto ocho mujeres sufrían agresión en el contexto de la pandemia. Además, muchas de estas violencias terminan agravándose, derivando en feminicidios, lo que demuestra la necesidad de medidas más efectivas y de mayor alcance social. La Ley Maria da Penha (n.º 11.340/2006) ha sufrido más de 23 modificaciones legislativas desde su creación, siempre con el objetivo de reforzar los mecanismos de protección. No obstante, persisten obstáculos estructurales: la falta de recursos adecuados, la insuficiente difusión de los instrumentos de tutela y, principalmente, el temor de muchas mujeres a denunciar por dependencia económica, presiones culturales o miedo a represalias. La desigualdad en el mercado laboral, donde los hombres aún gozan de mayores oportunidades y mejores salarios, también mantiene a muchas mujeres en situación de dependencia y vulnerabilidad. El problema de la violencia de género, además de tener raíces legales y políticas, posee un fuerte componente cultural. Autores como Millett, Saffioti y Foucault señalan que el patriarcado estructura las relaciones sociales de poder, reproduciendo jerarquías basadas en género, clase, raza y edad. El ámbito familiar se convierte en un microespacio donde estas relaciones de dominación se intensifican, generando traumas sociales, emocionales y políticos de gran alcance. A lo largo de la historia, diversas mujeres y movimientos feministas han desempeñado un papel crucial en la lucha por los derechos y la igualdad de género. Figuras como Olympe de Gouges, Mary Wollstonecraft, Simone de Beauvoir, Bertha Lutz y Maria da Penha son ejemplos de resistencia y coraje frente a sistemas opresivos. Gracias a estas luchas, se han conquistado derechos fundamentales como el voto, la educación femenina y la denuncia pública contra la violencia doméstica. En conclusión, la violencia contra la mujer en Brasil refleja un grave problema estructural, en el que convergen factores sociales, económicos, culturales y jurídicos. Aunque existen leyes avanzadas, como la Ley Maria da Penha, su efectividad depende de políticas públicas más consistentes, de la ampliación del acceso a la información y de un cambio cultural que promueva la igualdad de género y el respeto a los derechos humanos. Superar este escenario implica fortalecer la conciencia social, fomentar la sororidad y garantizar condiciones materiales para que las mujeres rompan con el ciclo de violencia, construyendo así una sociedad más justa, igualitaria y democrática.

  • KARLA INGRID PINTO CUELLAR HEILMANN
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