RADIOGRAFIAS DE CRÂNIO E SUA RELEVÂNCIA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: UM ENSAIO ICONOGRÁFICO
Introdução e objetivos: Na era moderna da radiologia, com maior acesso aos métodos avançados de diagnóstico por imagem, as radiografias de crânio têm caído em desuso.
Métodos: Foram avaliadas todas as radiografias de crânio (n = 152) realizadas entre 2016 e 2019 com laudo disponível em um Hospital Universitário sem atendimento a trauma.
Resultados: A média de idade dos pacientes estudados foi de 33 anos. Pouco mais da metade da amostra erado sexo feminino (53%, n = 82).
As unidades solicitantes mais ativas foram a de Hemato-Oncologia (30% dos pedidos, n = 45), Endocrinologia (11%, n = 17), Clínica Médica (8%, n = 13) e Puericultura (5%, n = 9). As principais indicações para o exame descritas nos pedidos foram rastreio de mieloma múltiplo (26%, n = 40) e investigação de deformidades ósseas detectadas clinicamente (15%, n = 23). Mais de 10% dos exames realizados (11%, n = 17) não possuíam história clínica descrita na
requisição. Dos 152 exames realizados, 96 encontravam-se normais (63%). O achado mais frequente foi a presença de lesões osteolíticas (17%, n = 26). Os outros achados mais frequentes foram sinais de craniotomia (5%, n = 7) e craniosinostose (4%, n = 6).
Após a coleta foram selecionadas imagens de casos de hemangiopericitoma, tocotrauma, histiocitose, deformidades, metástases e mieloma múltiplo para exploração e revisão dos achados de imagem.
Conclusões: Atualmente são praticamente inexistentes as indicações para a realização de uma radiografia de crânio, visto que a maioria dos pacientes é mais bem avaliada por tomografia computadorizada. Todos os casos com achados positivos do presente estudo evoluíram para a tomografia, tornando ainda mais questionável o real benefício do exame.
RADIOGRAFIAS DE CRÂNIO E SUA RELEVÂNCIA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: UM ENSAIO ICONOGRÁFICO
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DOI: 10.22533/at.ed.19921010219
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Palavras-chave: radiografia, crânio
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Keywords: radiographs, skull
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Abstract:
Introduction and Objectives: In radiology’s modern era, with increasing access to advanced imaging methods, skull radiographs are starting to die out. This study intends to review the current indications for this exam, as well as the main findings described in a tertiary hospital without trauma care.
Methods: All skull radiographs performed between 2016 and 2019 with available report in a tertiary hospital were evaluated (n = 152).
Discussion: The mean age of the studied population was 33 years. Just over half of our sample was female (53%, n = 82). The most active requesting units were Hematology-Oncology (30% of requests, n = 45), Endocrinology (11%, n = 17), Internal Medicine (8%, n = 13) and Pediatrics (5%, n = 9). The main indications described in the exam requests were screening for multiple myeloma (26%, n= 40) and investigation of clinically detected bone deformities (15%, n= 23). Over 10% of the exams performed (11%, n= 17) had no clinical history described in the exam request. Of the 152 exams performed, 96 were normal (63%). The most frequent finding was the presence of osteolytic lesions (17%, n = 26). Other frequent findings were signs of craniotomy (5%, n = 7) and craniosynostosis (4%, n = 6). After data collection and analysis, images of hemangiopericytoma, birth trauma, histiocytosis, metastasis and multiple myeloma were selected for exploration and review of imaging findings.
Conclusions: Nowadays, indications for performing a skull radiograph are practically inexistent and patients are better assessed by computerized tomography. All patients with positive findings in our study subsequently performed a computed tomography, making the real benefit of the skull radiograph even more questionable.
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Número de páginas: 14
- Gabriel Lucca de Oliveira Salvador
- Carlos Eduardo Aguiar
- Poliana Palma Barbieri
- Liara Bilibio Lunelli
- Thais Bianco
- Cleverson Alex Leitão
- Bernardo Corrêa de Almeida Teixeira
- Flávia Sprenger
