PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO DE EDIFÍCIO INDUSTRIAL PARA ESPAÇOS DE ARTE E CULTURA
Este artigo apresenta a proposta de requalificação de um edifício industrial
localizado na cidade da Covilhã, Portugal, numa área que envolve a ribeira da
Carpinteira. Esta foi uma zona importante para o desenvolvimento da cidade
pois, esta, cresceu economicamente em torno dos lanifícios. A água era
essencial para a sua produção provocando assim a implantação e construção
de fábricas nas margens das ribeiras da cidade.
Mas, com o decorrer dos anos, por necessidades de modernização e
expansão, inúmeros edifícios deste tipo foram abandonados devendo agora ser
aproveitados e requalificados, dando espaço à satisfação de outros programas
que não os iniciais. Este abandono surge com o crescimento da cidade par ao
vale da Cova de Beira, deixando assim, a encosta da Serra da Estrela. A sua
zona histórica encontra-se cada vez menos dinâmica e mais despovoada
devido à deslocação das suas gentes em direção ao vale.
O objetivo da proposta destina-se a reavivar esta zona da cidade, dando uma
nova função aos edifícios industriais. Surge a intenção do projeto de
requalificação do edifício da Fábrica Velha, antiga fábrica de lanifícios, de
forma a integrar um núcleo de atividades relacionadas com arte e cultura,
pensado para receber eventos de música, exposições, teatro, cinema, moda.
Com uma nova utilização estes edifícios industriais serão sobreviventes do
tempo, perpetuando a sua vivência.
A importância de projetar algo no património industrial pode ser vista como um
fundamento para novas políticas a implementar numa região ou cidade,
apostando na sua requalificação/revitalização. A requalificação destes espaços
contribui também para a regeneração urbana e cultural, pensado em espaços
de criação e acolhimento artístico de modo a conferir uma nova utilização a
estes edifícios proporcionando possíveis vias para o desenvolvimento turístico.
Toma-se, também, consciência sobre o valor destes locais, das paisagens que
os envolvem e destes edifícios que caíram em desuso mas foram fundamentais
para a cidade.
PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO DE EDIFÍCIO INDUSTRIAL PARA ESPAÇOS DE ARTE E CULTURA
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DOI: 10.22533/at.ed.0082230067
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Palavras-chave: Industrial; Requalification; Art; Culture; Covilhã.
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Keywords: -
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Abstract:
This article presents a proposal to requalify an industrial building, which is
located in Covilhã, Portugal, near the Carpinteira river. This was an important
area for the development of the city as it grew economically around the wool
industry. Water was essential for its production, causing the implantation and
construction of factories on the riversides.
Over the years, due to the need for modernization and expansion, numerous
industrial buildings were abandoned which now should be used and requalified,
giving way to new programs, different than the initial purpose. This
abandonment arose due to the growth of the city towards the valley Cova da
Beira leaving the hill of Serra da Estrela. Due to the movement of its peopletowards the valley, its historic area has become less dynamic and more
depopulated.
The objective of the proposal is to revive this area, giving a new purpose to the
industrial buildings. Resulting in the intention of this requalification project of the
Fábrica Velha building, an old wool factory, in order to integrate activities
related to art and culture, designed to host music events, exhibitions, theater,
cinema, fashion. With a new use, these industrial buildings will be survivors of
time, perpetuating their existence.
The importance of designing something new in the industrial heritage, can be
seen as a foundation for new policies to be implemented in a region, focusing
on its requalification/revitalization. Requalifying these places contributes to
urban and cultural regeneration too, thinking of spaces for artistic creation and
events and consequently providing tourism development. Bring to light the value
of these places, the landscape that surrounds them and the buildings that have
fallen into disuse but were fundamental to the city. -
Número de páginas: 19
- Jorge Ramos Jular
- João Carlos Gonçalves Lanzinha
- Margarida Ramos Silva