Esta pesquisa, apresentada no 24º.

Congresso Internacional ABED de Educação

à Distância1

, faz parte de um esforço mais

abrangente em compreender e responder

ao plágio enquanto um fenômeno que tem

sido ampliado pelos recursos tecnológicos

e de informação disponíveis, pelos novos

modos de produção textual (por exemplo, o

hipertexto) e também porque nossa própria

percepção sobre ele – enquanto professores

- está aumentada em função dos mesmos

recursos tecnológicos de que dispomos.

Mas, tal fenômeno precisa ser compreendido,

ainda, como resultante das vulnerabilidades

que marcam o processo formativo dos alunos,

limitando-lhes os processos criativos de escrita

e autoria e da própria ‘leitura do mundo’. Tais

processos, marcados pela lógica da reprodução

de conteúdo, contingenciam ou, para dizer

o mínimo, prolongam uma prática discente

dissociada da pesquisa e seus procedimentos.

Concomitantemente, os docentes têm sido

responsabilizados pela tarefa de vigiar e

punir os plagiadores, reforçando uma cultura

de trincheiras nas quais se opõem alunos e

professores e que transparece, vigorosamente,

no ensino superior. Sob as perspectivas de

Freire, Silva, Foucault, Krokoscz, Andruetto,

entre outros, a pesquisa baseou-se em

experimentações e observação participante,

tendo o plágio como objeto de ações didáticas

e metodológicas que objetivaram fomentar

um ethos pesquisador em nossos alunos,

refutando relações de saber e poder que

imputam ao professor o papel de polícia do

Ctrl C. Os resultados obtidos indicaram que,

ao serem orientados, os alunos passaram a

adotar procedimentos éticos de pesquisa; que

alunos, mesmo do ensino superior, precisam

ser vistos como aprendentes e pesquisadores

em formação; e, que a educação para as

fontes - em tempos de internet - é uma tarefa

imperativa.