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PRODUÇÃO E APROPRIAÇÃO ESPACIAL EM CAMPINA GRANDE: O EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO RESIDENCIAL MAJOR VENEZIANO I (2010 – 2015)

O atual processo de urbanização das cidades torna desafiador analisar a apropriação do
espaço, que resulta em uma expansão do tecido urbano das cidades, além de uma crescente
demanda por bens e serviços destinados à satisfação das necessidades da população, como o
acesso à água, à energia, à educação, à assistência médica, à habitação, entre outros. Essa
apropriação do espaço urbano ocorre de maneira distinta entre os diferentes grupos sociais,
visto que alguns têm acesso a uma melhor infraestrutura e localização enquanto outros são
relocados para áreas precárias, com pouca ou nenhuma infraestrutura e distantes dos serviços
básicos como escolas, creches e hospitais, bem como do centro da cidade. Em Campina
Grande, pode-se observar que o processo de produção da cidade ocorre de maneira muitas
vezes excludente e contraditória, porquanto em certos momentos a busca pelo moderno acaba
por excluir a população de baixa renda das áreas centrais do município, “empurrando-a” para
as áreas periféricas, esse processo deu origem a áreas aglomeradas com pouca infraestrutura.
Este trabalho consiste em um estudo sobre a produção e apropriação do espaço urbano em
Campina Grande a partir da análise do empreendimento imobiliário Major Veneziano I, no
período de 2010 a 2015. Para atingir os objetivos propostos, os métodos de pesquisa
utilizados foram a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo de caráter qualitativo, mediante
etnografia e aplicação de entrevistas semiestruturadas com residentes do empreendimento e
técnico da Secretaria de Planejamento do Município responsável pelo trabalho social no local.
Constatamos, a partir da pesquisa de campo, algumas dificuldades das famílias em relação ao
“viver” no local, pois o residencial carece de uma infraestrutura social que possibilite a essa
população o acesso a serviços como saúde, educação, segurança, além de acesso ao comércio
de forma adequada e igualitária, fato que faz com que essas famílias se sintam “isoladas” da
cidade. Verificou-se também a dificuldade de adaptação dos beneficiários em relação à nova
forma de “residir” em um condomínio que exige dos indivíduos um maior cumprimento dos
deveres e obrigações que visam o bem estar coletivo.

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PRODUÇÃO E APROPRIAÇÃO ESPACIAL EM CAMPINA GRANDE: O EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO RESIDENCIAL MAJOR VENEZIANO I (2010 – 2015)

  • DOI: 10.22533/at.ed.243232301

  • Palavras-chave: Desenvolvimento Urbano. Produção do Espaço. Habitação. Campina Grande.

  • Keywords: Urban Development. Space Production. Housing. Campina Grande.

  • Abstract:

    The current process of urbanization of cities challenges researchers to analyze the
    appropriation of space, as an result of expansion urban cities, as well of the growing demand
    for goods and services for the satisfaction of people's needs, such as access to water, energy,
    education, health care, housing, among others. This appropriation of urban space occurs
    differently among different social groups, while some have access to better infrastructure and
    locations; others are relocated to poor areas with little or no infrastructure and away from
    basic services such as schools, day care centers and hospitals. In the city of Campina Grande,
    it can be observed that the city`s production process occurs so often exclusive and
    contradictory, because the search for modernization ends up excluding the low-income
    population of the central areas of the city, "pushing them" to the outlying areas. This process
    has led to crowded areas with poor infrastructure. This paper aims to conduct a study on the
    creation and use of urban space in Campina Grande analyzing the real estate Major Veneziano
    I, in the period between 2010 - 2015. To achieve the proposed objective, the research methods
    used were bibliography research and qualitative field research using ethnography study and
    the application of semi-structured interviews with the real state residents and the coach of
    Municipality`s Planning Department responsible for social work on that place. We found out
    on the field research that there are some difficulties of the families in relation how to "live" on
    the real state, because the residential needs of a social infrastructure that enables this
    population access to services such as health, education, security, access to trade properly and
    equally, a fact that makes these families to feel in a "isolated" city. There was also the
    difficulty of adapting the beneficiaries about the new way to "live" in a real state that requires
    individuals a greater compliance regarding duties and obligations that are needed to their
    collective well-being.

  • Ana Keli de Queiroz
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