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capa do ebook PREVALÊNCIA DE INSÔNIA EM IDOSOS USUÁRIOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

PREVALÊNCIA DE INSÔNIA EM IDOSOS USUÁRIOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

A insônia, caracterizada pela dificuldade de iniciar, manter ou retornar ao sono em condições ideais, se configura como um problema de magnitude nacional. Em idosos, notam-se modificações fisiológicas no padrão do sono; entretanto, quando associadas a distúrbios como a insônia, os prejuízos causados podem ser preditivos para complicações e para desenvolvimento de algumas doenças. Este estudo, portanto, objetiva estimar a prevalência de insônia e sua distribuição conforme outras características em idosos. Trata-se de um estudo transversal conduzido na rede de Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Foram incluídos pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, residentes nessa cidade e atendidos na rede urbana de APS. Os dados foram coletados por meio de aplicação de questionário. Obteve-se uma amostra de 403 indivíduos, sendo a maioria mulheres (61,3%), com idade entre 60 e 69 anos (66,5%), autorreferidos brancos (63,6%); com cônjuge (62,3%), escolaridade de oito anos ou menos (64,7%) e renda familiar per capita de até um salário mínimo (61,4%). A prevalência de insônia foi de 81% (IC95 77-85) e, quando questionados sobre a qualidade de suas noites, 53,7% dos participantes referem despertar durante a madrugada; 21,9% consomem medicamentos para dormir e 42,9% relatam dificuldades diurnas associadas a noites mal dormidas. A respeito do grau de dificuldade encontrado para voltar a dormir, classificam-na como leve 25%; como moderada, 33,8%; grave, 31,5% e muito grave 9,7%. Foi observada relação estatisticamente significativa entre insônia e diagnóstico de doenças articulares (p=0,020) e depressão (p=0,001). Os resultados ressaltam a elevada prevalência de insônia, estando ela relacionada à comorbidades que demandam atenção. Assim, seria interessante estabelecer programas de rastreio e de manejo, almejando minizar prejuízos relacionados à má qualidade do sono dessa população.

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PREVALÊNCIA DE INSÔNIA EM IDOSOS USUÁRIOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.93421080718

  • Palavras-chave: Distúrbios do Início e da Manutenção do Sono. Estudos Transversais. Envelhecimento. Atenção Primária à Saúde. Geriatria.

  • Keywords: Sleep Initiation and Maintenance Disorders. Cross-Sectional Studies. Aging. Primary Health Care. Geriatrics.

  • Abstract:

    Insomnia, characterized by the difficulty to initiate, maintain or return to sleep in ideal conditions, is a problem of national magnitude. In the elderly, physiologic changes in the sleeping pattern are noted; however, when associated to conditions such as insomnia, the damages can have predictive value for complications and the development of some diseases. This study, thus, aims to estimate the prevalence of insomnia and its distribution according to other elderly characteristics. It is a cross-sectional study carried on the primary care facilities in the city of Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Patients over 60 were included, of both sexes, that lived in the urban primary care system area. The data was collected through interviews. The total sample was comprised of 403 individuals, mostly women (61.3%), ages between 60 and 69 years old (66.5%), white (63.6%); with spouse (62.3%), 8 years or less of education (64.7%) and per capita household income less than the minimum wage (61.4%). When questioned about the quality of their sleep, 53.7% refer waking up during the night; 21.9% take sleeping medication and 42.9% refer trouble during the day as a result of the poorly slept night. Concerning the level of difficulty to return to sleep, 25% classify it as light; 33.8% as moderate; 31.5% as severe and 9.7% as very severe. In the sample, 34.5% referred a diagnosis of osteoarticular diseases and this condition had a significant relationship with insomnia (37.3%). Furthermore, 35% of the interviewed referred the diagnosis of depression, presenting a statistical relationship with the investigated outcome in 38.5%. The data of this study emphasizes the elevated prevalence of insomnia, that is related to comorbidities that require attention. Thus, it is interesting to stablish screening and management programs, aiming to minimize damages related to the bad quality of sleep in this population.

  • Número de páginas: 10

  • João Pedro Langaro
  • Rayanne Allig de Albuquerque
  • Manoela Farias Alves
  • Amauri Braga Simonetti
  • Gustavo Olszanski Acrani
  • Lissandra Glusczak
  • Ivana Loraine Lindemann
  • Gabriel Rodiguero
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