PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Neste estudo abordou-se as categorias precarização e trabalho docente com enfoque na educação básica no Brasil, em que se destaca este processo como modus operandi da administração pública na gestão dos serviços educacionais, envolvendo condições de trabalho, estrutura, financiamento e remuneração. Justifica-se como instrumento para compreensão da categoria trabalho como processo inerente à organização do universo humano, como meio de transformar a natureza e a si mesmo, em um continuum ininterrupto, em que o objetivo é propiciar melhores condições de vida, subsistência e sobrevivência e, para que isso se concretize, o trabalho não pode ser tomado como instrumento para geração de valor, mais valia ou exploração. Objetivou-se compreender o processo de precarização do trabalho docente como como um movimento imperativo da organização da gestão pública sob os ditames das políticas neoliberais, por meio de pesquisa a partir de revisão bibliográfica. Com base na agenda neoliberal para as políticas pública, cujo fim é o atendimento às políticas de controle internacionais, a partir de 1990 a nova gestão pública na educação está voltada ao atendimento das metas estabelecidas pelos mecanismos de controle e para que estes sejam alcançados, é gestado um novo perfil docente, que tem como primazia a execução de processos e a formação do alunado para o trabalho sob a égide do capital. Constata-se, como corolário desse processo, em que a educação não é prioridade nas políticas de estado, manifesto em tempos de pandemia, o descaso com a educação básica envolvendo a falta de uma política nacional, recursos para alunos e professores e retirada de rubrica específica de financiamento. Compreender os processos de gestão do trabalho docente na esfera pública é imperativo na construção da agenda de formação de consciência crítica, entendimento de políticas educacionais e recurso sem o qual o movimento de resistência não se dá.
PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA
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DOI: 10.22533/at.ed.5342111055
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Palavras-chave: Educação. Trabalho. Precarização.
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Keywords: Education. Job. Precariousness.
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Abstract:
This study addressed the categories of precariousness and teaching work with a focus on basic education in Brazil, in which this process stands out as a modus operandi of public administration in the management of educational services, involving working conditions, structure, financing and remuneration. It is justified as an instrument for understanding the category of work as a process inherent to the organization of the human universe, as a means of transforming nature and oneself, in an uninterrupted continuum, in which the objective is to provide better living conditions, subsistence and survival and , for this to happen, work cannot be taken as an instrument for generating value, added value or exploitation. The objective was to understand the process of precarious teaching work as an imperative movement in the organization of public management under the dictates of neoliberal policies, through research based on literature review. Based on the neoliberal agenda for public policies, the aim of which is to comply with international control policies, from 1990 onwards the new public management in education is geared towards meeting the goals established by the control mechanisms and for them to be achieved, it is a new teaching profile was created, which has as a priority the execution of processes and the training of students for work under the aegis of capital. As a corollary of this process, it appears that education is not a priority in state policies, manifest in times of pandemic, the neglect with basic education involving the lack of a national policy, resources for students and teachers and removal of rubric specific financing. Understanding the management processes of teaching work in the public sphere is imperative in building the agenda for the formation of critical awareness, understanding of educational policies and a resource without which the resistance movement does not occur.
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Número de páginas: 17
- Maria José Pirete
- Leoclécio Dobrovoski Silva Pereira
