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Práticas de Enfermagem em Nefrologia

Ao longo da história, o tratamento de doenças renais com o uso de diálise, precisou percorrer por alguns conceitos ainda desconhecidos pela ciência. Um deles permeou em função de entender que a perda da função renal levava ao acúmulo de substâncias normalmente excretadas pela urina e que esse acúmulo contribuía para a doença e morte nos indivíduos; um segundo conceito seria que essas substâncias poderiam ser removidas do sangue (e secundariamente dos tecidos) por processos de difusão ou diálise.

Já no início do século XVIII, a ideia da substituição mecânica da função de um órgão passou a ser discutida. No entanto, ela permaneceu adormecida até o século XIX, provavelmente pela complexidade do funcionamento de qualquer órgão do corpo humano, dissuadindo qualquer pesquisador que realmente tentasse uma substituição.  A hemodiálise (HD) é hoje apenas um exemplo da substituição da função de uma parte do corpo, mas é notável por ter sido o primeiro dispositivo que de fato o fez (RIVETT, 2003).

Apesar de seus séculos de história, a Nefrologia, como ciência, é uma das mais novas especialidades da medicina. É um ramo da clínica e se dedica ao aprofundamento do conhecimento sobre a estrutura, funções e doenças do rim e do trato urinário. Ela nasceu como especialidade no primeiro Congresso Internacional de Nefrologia, realizado de 1 a 3 de setembro de 1960 em Gênova, Suíça. (RICHET, 2016).

No contexto brasileiro, a qualidade dos tratamentos de doenças renais se consagrou com a criação da Sociedade Brasileira de Nefrologia, ainda em 1960 (GREGÓRIO, 2000). Somente em 1983 foi fundada a Associação Brasileira de Enfermagem em Nefrologia (SOBEN), sendo um marco para a especialidade, com o objetivo de contribuir para aperfeiçoar a assistência de enfermagem prestada aos indivíduos portadores de insuficiência renal. No entanto, somente em 1996 a Associação passou a conceder o título de Especialista em Enfermagem em Nefrologia, mediante prova de credenciamento (OLIVEIRA; SILVA; ASSAD, 2015).

Desde seu estabelecimento como especialidade, a Nefrologia esteve firmemente atrelada a terapia renal substitutiva (diálise e transplante renal), ambas representativas das novas formas científicas e tecnológicas da Medicina. A diálise possibilitou o tratamento de pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica.

Desde então, seu desenvolvimento no mundo tem sido progressivo e intensamente acelerado, motivado pelo aumento no número de casos de injúria renal aguda (IRA) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), causada por infecções e traumas e principalmente pelo preocupante aumento de pacientes com doença renal crônica no mundo causada pela prevalência cada vez mais elevada das três principais causas que causam Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 e o aumento da expectativa de vida. (GUERRA, 2021).

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Práticas de Enfermagem em Nefrologia

  • DOI: 10.22533/at.ed.9532317053

  • Palavras-chave: -

  • Keywords: -

  • Abstract:

    -

  • Rafael Abrantes de Lima
  • LETÍCIA LIMA BORGES
  • BIANCA BEATRIZ SILVA DE SOUZA
  • DANIELA DE OLIVEIRA MATIAS
  • IZABELLA ANDRADE DA ROCHA
  • INGRID FERNANDA DE OLIVEIRA VIEIRA
  • RAFAEL FERNÁNDEZ CASTILLO
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