PRÁTICAS AGROALIMENTARES DE FAMÍLIAS AGRICULTORAS DE TAPEROÁ, BAHIA
Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico que teve o objetivo de compreender as práticas agroalimentares de famílias da comunidade de Santa Rita, zona rural de Taperoá, Bahia. Para tanto, realizou-se observação participante na localidade do estudo e entrevistas narrativas com 10 agricultoras e agricultores, com idades entre 28 e 80 anos, moradores da mesma comunidade e que utilizam suas terras para produção de alimentos para autoconsumo das suas famílias e como fonte de renda. As narrativas dos participantes evidenciaram relações dos agricultores e agricultoras entre si e com a terra. Santa Rita apresenta um cenário de práticas agroalimentares em que coexistem alimentos in natura, grande parte produzida nas suas terras e alimentos processados e ultraprocessados, adquiridos nos mercados. Os sistemas que envolvem o compartilhamento de alimentos entre os agricultores e as agricultoras são importantes para a comunidade, pois permitem diversidade alimentar. Ocorre entre eles e elas relações econômicas peculiares, como o “dar de meia” e a barganha, mas também existe a comercialização externa em torno do que é produzido. Neste ponto, é possível perceber dificuldades, fragilidades e resistências com relação aos canais de escoamento da produção. Compreende-se também que ações e políticas públicas que impulsionam a agricultura familiar são essenciais por possibilitarem a manutenção da policultura, da distribuição mais justa de renda e por fomentar a soberania alimentar e a segurança alimentar e nutricional.
PRÁTICAS AGROALIMENTARES DE FAMÍLIAS AGRICULTORAS DE TAPEROÁ, BAHIA
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DOI: 10.22533/at.ed.43020151210
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Palavras-chave: Práticas agroalimentares. Agricultura familiar. Sociologia rural.
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Keywords: Agri-food practices. Familiar agriculture. Rural sociology.
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Abstract:
This is a qualitative research of an ethnographic nature that aimed to understand the agri-food practices of families in the community of Santa Rita, rural area of Taperoá, Bahia. To this end, participant observation was carried out in the study location and narrative characteristics with 10 farmers, aged between 28 and 80 years old, residents of the same community and who use their land to produce food for the self-consumption of their families and as a source income. The participants' narratives showed the relationships between farmers and each other and the land. Santa Rita presents a scenario of agro-food practices in which fresh food coexists, a large part of its land and processed and ultra-processed food, acquired in the markets. Systems that involve food sharing between farmers are important to the community, as it allows for food diversity. There are health promotion practices between them and them, such as “dar de meia” and a bargain, but there is also an external commercialization around what is produced. At this point, it is possible to perceive difficulties, weaknesses and resistance in relation to the production flow channels. It is also understood that public actions and policies that drive family farming are essential because they enable the maintenance of polyculture, the fairer distribution of income and for promoting food sobriety and food and nutritional security.
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Número de páginas: 14
- Sara Conceição dos Santos
- Luiza Guimarães Cavalcanti Spinassé
- Ianua Coeli Santos Ribeiro de Brito
- Juliede de Andrade Alves
