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Pobreza menstrual e a desmoralização dos indivíduos do sexo biológico feminino que menstruam: Uma revisão narrativa

A pobreza menstrual é uma controvérsia recorrente, porém pouco discutida em virtude do tabu a respeito da temática da menstruação, tornando a higiene menstrual uma circunstância vantajosa que não se alinha com os princípios de justiça e equidade. Recentemente a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o direito à higiene menstrual uma questão de saúde pública e de direitos humanos, no entanto, a realidade dos fatos não corresponde exatamente a essa perspectiva, devido à ausência de disponibilização gratuita de absorventes pela rede do sistema único de saúde e à elevada tributação sobre esses produtos, torna-se evidente a falta de acesso e o peso financeiro imposto à população. Adicionalmente, é importante ressaltar a ausência de programas educacionais abrangentes sobre saúde íntima nas escolas, bem como a carência de políticas públicas que contemplem esse requisito fundamental. Nesse contexto, observa-se uma elevada prevalência de indivíduos do sexo biológico feminino incapazes de custear o acesso a absorventes, enfrentando carências infraestruturais e educacionais relacionadas à menstruação. Como resultado, ocorre a invisibilidade das mulheres e a desvalorização de suas necessidades fundamentais.

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Pobreza menstrual e a desmoralização dos indivíduos do sexo biológico feminino que menstruam: Uma revisão narrativa

  • DOI: 10.22533/at.ed.4152301095

  • Palavras-chave: Pobreza menstrual; Higiene menstrual; Saúde íntima.

  • Keywords: Menstrual poverty; Menstrual hygiene; Intimate health.

  • Abstract:

    Menstrual poverty is a frequent controversy, but the topic is little discussed due to its taboo in society. As a consequence, menstrual hygiene, an essential health concern, is not in line with the principles of justice and equity. Recently the United Nations Organization (UNO) has recognized the right to period hygiene as a public health and human rights issue. However, the reality does not correspond exactly to this perspective, not a single health system network provides free pads or other essentials, and tax really high on these products. It is evident the lack of free access and the financial burden imposed on society. Additionally, it is important to emphasize the absence of comprehensive educational programs on intimate health in schools, as well as the lack of public policies that address this fundamental requirement. In this context, there is a high prevalence of biologically female individuals who cannot afford to buy sanitary pads, facing infrastructural and educational shortcomings related to menstruation. In consequence, women are devalued and their fundamental needs are invisible.

  • Ludmila Souza Farias
  • Ana Júlia Cavalcante Dobbins
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