PLANTAS TÓXICAS ORNAMENTAIS NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SÃO MATEUS-ES
Algumas plantas ornamentais trazem com elas componentes tóxicos, camuflados pela beleza exuberante, mas que podem causar intoxicações em adultos e crianças, devido ao manejo inadequado. A toxicidade das plantas se dá pela ingestão ou pelo contato com a seiva. Muito comuns em jardins, as principais espécies causadoras de acidentes são algumas espécies de espada-de-são-jorge (Sansevieria spp.) e de comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia spp). Outras, como a espirradeira (Nerium oleander L.) e a alamanda (Allamanda cathartica L.), são exemplos de plantas com graves consequências para o organismo, incluindo distúrbios cardíacos. O objetivo do trabalho foi listar as plantas ornamentais tóxicas nas instituições municipais de ensinos localizadas em São Mateus-ES. Trata-se de um estudo observacional e descritivo-interpretativo, sendo realizada uma pesquisa de campo e levantamento bibliográfico. Foram visitadas 24 instituições municipais de ensino público em São Mateus-ES que atendem a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Destas, em 58% foram constatadas a presença de ao menos uma planta ornamental tóxica; em 29% não foram encontradas nenhuma espécie tóxica e em 13% não havia planta nenhuma. Foram identificadas 16 espécies de plantas tóxicas, sendo que 87% são consideradas plantas ornamentais e 13% não são cultivadas para estes fins, porém todas estavam ao alcance das crianças. Das 14 espécies de plantas ornamentais tóxicas identificadas, as mais comuns foram espada-de-são-jorge (Sansevieria trifascita Hahnii), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia spp), antúrio (Anthurium andraeanum Liden), jiboia (Scindapsus aureus (Linden & André)) e cróton (Codiaeum variegatum (L.) Rumph. ex A. Juss.). Conclui-se que o ambiente escolar, por concentrar crianças da faixa etária de maior risco para essas intoxicações, permite estabelecer duas estratégias de prevenção: criar um espaço livre de plantas tóxicas ou dominar as informações necessárias para utilizar essas plantas como instrumento de educação e formação.
PLANTAS TÓXICAS ORNAMENTAIS NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SÃO MATEUS-ES
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.38221300724
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Palavras-chave: Educação ambiental, Jardins escolares, Toxicidade em plantas.
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Keywords: Environmental education, Plant toxicity, School gardens.
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Abstract:
Some ornamental plants bring with them toxic components, camouflaged by the exuberant beauty, which can cause poisoning in adults and children, due to improper handling. The toxicity of plants is due to ingestion or sap contact. Quite common in gardens, the main causes of accidents are within snake plant (Sansevieria spp.), dumbcane (Dieffenbachia spp). Other species as olerander (Nerium oleander L.) and allamanda (Allamanda cathartica L.) are examples of plants with the serious consequences for the organism, including heart disorders. This study aimed to list the toxic ornamental plants in municipal education institutions in São Mateus, Espírito Santo State. It is an observational and descriptive-interpretive study, being carried out a field research and bibliographic survey. The work covered 24 municipal public institutions from Early Childhood and Elementary Education in São Mateus-ES. In these, the results show the presence of at least one toxic ornamental plant in 58% the institutions, no toxic species in 29% and there was no plant in 13%. It was identified 16 species of toxic plants, from these, 87% are considered ornamental plants and 13% are not cultivated for these purposes, but all the plants were within the reach of children. Within toxic ornamental plants identified, it was found 14 species of which the most common were snake plant (Sansevieria trifascita Hahnii), dumbcane (Dieffenbachia spp), flamingo lily (Anthurium andraeanum Liden), golden pothos (Scindapsus aureus (Linden & André)) e croton (Codiaeum variegatum (L.) Rumph. ex A. Juss.). It is concluded that the school environment, since it concentrates children in the age group at greatest risk for these poisonings, allows the establishment of two prevention strategies: creating a space free of toxic plants or mastering the necessary information to use these plants as an education and training tool.
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Número de páginas: 14
- Gabriela de Souza Fontes
- Leticia Elias
- Marcos Roberto Furlan
- Elisa Mitsuko Aoyama