PAUSA DA DIETA ENTERAL NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM PACIENTES EM TERAPIA INTENSIVA
No âmbito hospitalar, a Terapia Nutricional (TN) é o tratamento dietoterápico predominante em doentes graves. Inúmeros guias científicos discutem o manejo da provisão dos nutrientes necessários para a manutenção ou recuperação do estado nutricional, atribuindo assim grande relevância da TN no restabelecimento do estado de saúde de pacientes críticos. A Terapia Nutricional Enteral (TNE) é a primeira via de escolha para a alimentação artificial do paciente crítico pela sua proximidade com a via fisiológica, praticidade no manejo pela equipe assistencial, baixos riscos associados, bem como pela oportunidade de manutenção do trofismo intestinal. Mudanças na forma de apresentação, administração, segurança e eficácia dos produtos destinados à TNE marcaram historicamente a evolução desta modalidade terapêutica. Há relatos literários de oferta bastante rudimentar de alimentação por via retal, quando da impossibilidade de ingestão alimentar por via oral. Inicialmente, as formulações artesanais eram as mais utilizadas, devido a sua disponibilidade e baixo custo. Entretanto, o uso de fórmulas industrializadas foi ampliado, por proporcionar maior segurança e estabilidades microbiológica e físico-química. À medida que existe uma via comum para administração de fármacos e nutrientes, pode haver redução ou exacerbação da farmacocinética e metabolismo destes. Substituição do medicamento, forma farmacêutica, via de administração, tipo de dispositivo a ser utilizado e sua localização no trato gastrintestinal, medicamentos na forma de soluções, programação da interrupção da nutrição enteral são algumas das medidas a serem adotadas na minimização da interação droga-nutriente. Algumas medidas de segurança e qualidade na assistência ao paciente devem ser instituídas dentro da prática clínica, a fim de que sejam definidas barreiras que reduzam as adversidades decorrentes da rotina assistencial. A legitimação de protocolos, adequados registros em prontuário, educação continuada, treinamentos in loco e as sessões multidisciplinares são algumas iniciativas de manutenção do ciclo tático-operacional, cujo objetivo é garantir a segurança do paciente.
PAUSA DA DIETA ENTERAL NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM PACIENTES EM TERAPIA INTENSIVA
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DOI: 10.22533/at.ed.98221180618
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Palavras-chave: Terapia Nutricional; Unidade de Terapia Intensiva; Interações Medicamentosas; Segurança do Paciente
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Keywords: Nutritional Therapy; Intensive care unit; Drug interactions; Patient safety
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Abstract:
In the hospital context, Nutritional Therapy (NT) is the predominant diet therapy treatment in critically ill patients. Numerous scientific guides discuss the management of the provision of nutrients passed on for the maintenance or recovery of nutritional status, thus attributing a great deal of NT in the restoration of the health status of awake patients. Enteral Nutritional Therapy (ENT) is the first route of choice for artificial feeding of critically ill patients due to its proximity to the physiological route, practical handling by the assistance team, low associated risks, as well as the opportunity to maintain intestinal trophism. Changes in the form of presentation, administration, safety and effectiveness of auxiliary products to ENT have historically marked the evolution of this therapeutic modality. There are literary reports of a rather rudimentary supply of food through the rectum, when it is impossible to eat food orally. Initially, artisanal formulations were the most used, due to their availability and low cost. However, the use of industrialized formulas has been expanded, as it provides greater safety and microbiological and physical-chemical stability. As there is a common route for the administration of drugs and nutrients, there may be a reduction or exacerbation of their pharmacokinetics and metabolism. Substitution of the medication, pharmaceutical form, route of administration, type of device to be used and its location in the gastrointestinal tract, medications in the form of solutions, programming of the interruption of enteral nutrition are some of the measures to be adopted in minimizing the drug-nutrient interaction. Some safety and quality measures in patient care must be instituted within clinical practice, in order to define barriers that reduce as adversities arising from the care routine. The legitimation of protocols, reaching medical records, continuing education, on-site training and multidisciplinary are initiatives to maintain the tactical-operational cycle, whose objective is to ensure patient safety.
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Número de páginas: 14
- Lucille Andrade Paiva Espinheira
- Márcia Rocha Oliseski
- Mariângela de Souza Ramos
- Sara Moreira Anunciação
