A questão “Para que filosofia?” é

o problema que nos colocamos neste artigo.

Nossa investigação procura as respostas

apresentadas nos documentos oficiais sobre

o ensino de filosofia e nos livros didáticos

disponíveis no Programa Nacional do Livro

Didático (PNLD). A resposta oficial, desde o

primeiro sinal de retorno da filosofia com a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação em 1998,

apresenta a filosofia como um conhecimento

auxiliar a formação da cidadania. Isso revela

o caráter iminentemente ético e político

do ensino de filosofia. Na mesma direção,

aparecem os demais documentos oficiais,

como os Parâmetros Curriculares Nacionais

e a Organização Curricular Nacional. Nesses

documentos a filosofia surge como disciplina que

auxilia na formação dos cidadãos por meio da

formação das competências de leitura, escrita

e debate. As Diretrizes Curriculares do Estado

do Paraná, apoiadas na perspectiva históricocrítica,

apresentam ensejo da formação para a

cidadania e destaca-se a história da luta política

encerrada pelos profissionais da filosofia para

seu retorno à escola. A questão “Para que

filosofia?” aparece em três dos livros didáticos

de filosofia: Filosofando, de Maria Lúcia Arruda

Aranha; Fundamentos de Filosofia, de Gilberto

Cotrim; e, Iniciação à Filosofia, de Marilena

Chauí. Cada autor apresenta uma perspectiva

diferente à questão, diante da necessidade de

uma justificativa do estudo da filosofia pelos

alunos.