Introdução: É crescente a inserção da palhaçoterapia em hospitais para promoção da integralidade do cuidado e da humanização na assistência que desafia o sistema. São poucos estudos a nível mundial e regional que investigam as dimensões morais relacionadas ao “clow” para que as oficinas lúdicas possam transcender do rosto pintado à uma relação empática, responsável e individualizada. Objetivo: Avaliar o processo de trabalho e a contribuição da palhaçoterapia, em hospitais, à luz da ética do cuidado. Método: Estudo de revisão bibliográfica tendo como descritores terapia do riso, bioética e ética do cuidado. A metodologia se utiliza de uma revisão narrativa de publicações de 2000 a 2023. Para seleção e coleta de informações foi utilizada a técnica de leitura informativa a partir da seleção crítica de artigos. Resultados: A palhaçoterapia possui diversas definições e sua prática, em hospitais, teve início no Brasil, na década de 90. A palhaçoterapia pode ser capaz de interagir e modificar o ambiente hospitalar, bem como, propiciar relações interpessoais horizontais. A bioética busca atender os desafios éticos decorrentes dos avanços científicos e tecnológicos e se torna essencial para promover a sobrevivência e a qualidade de vida humana e do ecossistema. A reflexão moral contribui para melhoria das práticas assistenciais e das relações e para redução e resolução de conflitos. A ética da virtude objetiva o agir para o bem do outro, contrária ao agir conforme o dever e o que deve ser feito, do utilitarismo. O cuidado ético e empático é essencial ao ser humano para o desenvolvimento das relações e das interações. Na perspectiva do cuidado do outro, Stein (2003) define a empatia como a resposta afetiva do outro, a partir da apreensão e da compreensão dos seus sentimentos e de como ele assimila determinada situação. Bem como, o captar da vivência do outro é uma possibilidade do ato empático. Discussão: Mundialmente, diversas ações de humanização assistencial têm sido adotadas para resgatar valores como solidariedade, afetividade, respeito à diversidade e cuidado com o outro. A ética do cuidado é uma temática recente e importante área de pesquisa. O que promove questionamentos, como: será que pintar o rosto, usar uma roupa colorida e fazer brincadeiras basta? Ou o colocar-se no lugar do outro, a empatia e o diálogo são importantes? Considerações finais: Espera-se que o presente estudo possibilite a construção de novos saberes e práticas da palhaçoterapia em hospitais. São necessários mais estudos para resgatar o cuidado ético e suas demandas.