Osmofobia e Odor como gatilho de Crises de Migrânea – Um Espectro do mesmo Sintoma?
Osmofobia e odor como gatilho de cefaleia são condições muito frequentemente associadas a migrânea. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de osmofobia e odor como desencadeante, bem como a relação destes sintomas com outras manifestações da migrânea. Este é um estudo observacional prospectivo composto por pacientes com diagnóstico de migrânea. Os participantes foram entrevistados através de formulário estruturado contendo informações do tipo de migrânea (com ou sem aura; episódica ou crônica), idade de início da doença, frequência das crises, sintomas acompanhantes, desencadeantes de cefaleia e questionário validado para avaliar a incapacidade (Migraine Disability Assessment - MIDAS). Foram analisados 67 pacientes com migrânea, sendo 54 (80%) do sexo feminino. Osmofobia durante a cefaleia ocorreu em 53,7% dos indivíduos. Odor como desencadeante de crise foi relatado por 55% dos participantes. A osmofobia e o odor como desencadeante foram fortemente associados (OR= 4,7; p=0,003). Osmofobia ocorreu mais frequentemente nas mulheres (OR 1,46; p= 0,004) e em indivíduos com enxaqueca crônica. (OR= 1,6; p= 0,031). Pacientes com osmofobia e odor como desencadeante mais frequentemente tinham alodínia (p=0,015 e 0,045 respectivamente). Discute-se a possibilidade de odor como gatilho de cefaleia e osmofobia serem fatores relacionados a um espectro da mesma manifestação clínica.
Osmofobia e Odor como gatilho de Crises de Migrânea – Um Espectro do mesmo Sintoma?
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DOI: 10.22533/at.ed.25120240615
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Palavras-chave: osmofobia, odor, migrânea, cefaleia
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Keywords: osmophobia, odor, migraine, headache
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Abstract:
Osmophobia and odor as a trigger of headache attacks are conditions very frequently associated with migraine. The study objective was to determine the prevalence of osmophobia and odor as a precipitating factor, as well as their relation with other migraine clinical findings. The present study is a prospective observational study containing patients diagnosed with migraine. Study participants were interviewed using a structured form that asked information about the migraine type (with or without aura; episodic or chronic), age at disease onset, frequency of the attacks, associated symptoms, headache triggers and also had a validated questionnaire to evaluate disability (Migraine Disability Assessment – MIDAS). A total of 67 migraine patients were analyzed, with 54 (80%) from the female gender. Osmophobia during migraine attacks occurred to 53,7% of individuals. Odor as a headache trigger was mentioned by 55% of the study participants. Osmophobia and odor as a precipitating factor were strongly associated (OR 4,7; p = 0,003). Osmophobia happened to be more frequent in women (OR 1,46; p = 0,004) and in individuals with chronic migraine (OR = 1,6; p = 0,031). Patients with osmophobia and odor as a precipitating factor had allodynia more frequently (p = 0,015 and p = 0,045, respectively). It is discussed the possibility of odor as a migraine trigger and osmophobia being related factors to a spectrum of the same clinical manifestation.
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Número de páginas: 7
- Valéria Aparecida Bello
- Regina Célia Poli Frederico
- Gabriela Batista
- Caio Vinicius Ferreira do Nascimento
- João Henrique de Oliveira Silva
- Laís Yunis Casela
- Thais Omar Panovitch
- Vitória Karoline Justino dos Santos
- Larissa Burkner Cucolotto
- Juliana Jordão Vasconcelos de Castilho
- Aline Vitali da Silva