O ÚLTIMO ADEUS: A SUBLIMAÇÃO DA DOR E O AMOR METAFÍSICO
O presente trabalho apresenta as
soluções estéticas da escultura funerária O
último adeus (1945), de autoria do escultor
Alfredo Oliani (1906-1988), parte do acervo
do Cemitério São Paulo, localizado na capital
paulista, analisada a partir dos parâmetros
da História da Arte de Didi-Huberman. A
narratividade do amor encontra-se no primeiro
plano da escultura, a qual representa um
vigoroso homem nu reclinando-se sobre o
corpo de uma jovem mulher, para dar-lhe
um último beijo. O erotismo é privilegiado
na composição em questão, objetivando a
imortalização do amor pela ótica dos amantes,
separados pela morte, mas perenizados no
bronze. A obra também elabora determinado
discurso de masculinidade e de potência viril.
Influenciado pela arte moderna nacional, o
escultor representa o amor pela via do erotismo,
enquanto sublimação da dor.
O ÚLTIMO ADEUS: A SUBLIMAÇÃO DA DOR E O AMOR METAFÍSICO
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DOI: 10.22533/at.ed.60019230816
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Palavras-chave: Virilidade, Erotismo, Arte Funerária, Escultura, Morte.
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Keywords: Virility, Eroticism, Funerary Art, Sculpture, Death.
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Abstract:
This article presentes the
aesthetic solutions of the funerary sculpture The
last farewell (1945), authored by Alfredo Oliani
(1906-1988), part of the collection of Cemitério
São Paulo, located in São Paulo state capital,
analyzed from the theories of Art History by
Didi-Huberman. The narrativity of love is in
the forefront of the sculpture, which depicts a
vigorous nude male reclining over the body of
a young woman, reaching to give her a last
kiss. Eroticism is privileged in this composition,
aiming to immortalize the love as it was through
the eyes of the lovers, separated by death,
but perpetuated in bronze. The artwok also
elaborates a certain discourse about masculinity
and virile power. Influenced by national Modern
art, the sculptor depicts love through the look of
eroticism, as a sublimation of pain.
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Número de páginas: 15
- Maristela Carneiro