O público e o privado, maniqueísmos e maquinações do mercado: mais liames que limites
uma discussão a respeito do
binômio público-privado no âmbito educacional.
Partimos do pressuposto de que as duas
esferas administrativas se (con)fundem a
partir de uma nova racionalidade neoliberal
que coloca a escola a serviço do capital.
Embora haja uma nítida divisão entre público e
privado na legislação educacional, nos censos
escolares, nas notícias que veiculam na mídia,
compreendemos a inexistência de formatos
puros. Será que as nossas escolas públicas
são de fato públicas no sentido de visarem ao
bem comum? Será que as escolas privadas
se mantém apenas com recursos particulares,
uma vez que a ausência de recursos públicos
a caracterizaria como tal? Quais valores de
ordem não monetária veiculam nas escolas,
sejam públicas ou privadas? A partir destas
intrigantes questões nos movimentamos
neste texto, argumentando que a aplicação
de recursos financeiros e mentalidades vão
dissipando as linhas demarcatórias entre
uma e outra modalidade. Nessa disputa entre
público e privado vigora uma competição entre
instituições e entre sujeitos, produzindo efeitos
no campo da subjetivação.
O público e o privado, maniqueísmos e maquinações do mercado: mais liames que limites
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DOI: 10.22533/at.ed.56319200817
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Palavras-chave: Público; Privado; Educação; Neoliberalismo; Processos de subjetivação
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Keywords: Public; Private; Education; Neoliberalism; Subjectivation processes
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Abstract:
The present article intends to
present a discussion about the public - private
binomial in educational scope. We start from the
assumption that the two administrative spheres
are merged with a new neoliberal rationality
that places school at capital’s service. Although
there is a clear division between the public and
private in educational legislation, in school censuses, in news that are published in
media, we understand the non-existence of pure formats. Are our public schools really
public in the sense of aiming for common good? Do private schools maintain only
private resources, since the absence of public resources would characterize it as such?
What non-monetary values do they convey in schools, whether public or private? From
these intriguing questions we move in this script, arguing that application of financial
resources and mentalities are dissipating the demarcation lines between one and
another modality. In this dispute between public and private, there is a competition
between institutions and between subjects, producing effects in subjectivation’s field.
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Número de páginas: 15
- Iara Suzana Tiggemann
- Roseli Zanon Brasil
- Romualdo Dias