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capa do ebook O Preconceito Nas Máquinas

O Preconceito Nas Máquinas

Há alguns séculos, a tecnologia e os

processos instrumentais têm se revelado como

demonstradores eficazes de uma verdade

supostamente objetiva e verificável. Este

processo situa os instrumentos de tecnologia

no centro do imaginário científico de nossa

época e confere a eles um status quasi-mítico,

de inexorável revelação da verdade. Entender

a forma como uma inteligência artificial é

montada a partir das crenças daquele que

a cria, esclarece o motivo pelo qual não se

pode considerar aparatos de tecnologia como

instrumentos inquestionáveis de mensuração

do mundo, tampouco como instrumentos de

organização do mundo social, como softwares

de previsão de crimes já amplamente utilizados,

que no tangente à legislação, transforma o

processo tecnológico em argumento jurídico,

sem considerar a ideologia incutida na base

de seu processo de programação e operações

internas. Para tanto, o trabalho acessa

duas esferas principais; A primeira, reforça

a necessária reavaliação de “tecnologia”

como aparato, como objeto, argumentando

que o tecnológico deve ser compreendido

como ideologia, e portanto, apenas tornado

tangível na esfera da processualidade, ou

materialização ritual, habitus, modus, e prática.

A segunda parte é a investigação da forma

de estruturação de inteligências artificiais (AI)

atuais, direcionando o questionamento sobre

os processos da programação de máquinas em

que abrem-se as brechas para a ideologia do

programador, pelas quais o datum (res) tornase “realidade legível” e manipulável no cálculo

maquínico.

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O Preconceito Nas Máquinas

  • DOI: 10.22533/at.ed.9031921067

  • Palavras-chave: Tecnologia, machinelearning, discurso, político.

  • Keywords: Atena

  • Abstract:

     For the last centuries, technology

    and instrumental processes have been revealed

    as demonstrators of a supposedly objective

    and verifiable truth. This process places the

    instruments of technology in the center of

    the scientific imaginary of our time and gives

    them a quasi-mythical status, of an inexorable

    revelation of the truth. Understanding how an

    artificial intelligence is built within the realms

    of beliefs of those who create it, clarifies the

    reason why we cannot regard technology as

    unquestionable instruments of measurement

    of the world, nor as instruments of organization

    of the social world, in uses such as a software

    for the prediction of crimes, which, in regard of

    the legislation, transforms the technical process

    into juridical argumentation, disregarding the

    ideology present in the implementation of the

    system itself. Hence, the work accesses two 

    Fundamentos da Ciência da Computação 2 Capítulo 7 54

    main spheres; The first, reinforces the necessary reassessment of technology as an

    apparatus, as an object, claiming that technology must be understood as ideology,

    and thus, made knowable only through procedurality, or ritual materialization, habitus,

    modus, and practice. The second perspective is a research on the structuring of

    artificial intelligence (AI), which directs the questioning to the programming processes

    of softwares that open their bases to the programmer’s ideology, through which data

    (res) becomes a readable and manipulable “reality”in the machinic calculation.

  • Número de páginas: 15

  • Marcus Lyra
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