O PAPEL DO ENFERMEIRO E SEUS DESAFIOS FRENTE A HUMANIZAÇÃO AOS POVOS INDÍGENAS.
A Constituição Brasileira de 1988 (BRASIL, 2000) determina que “a saúde é um direito de todos e um dever do Estado”. Pode-se, então, inferir que a saúde deve ser levada, independentemente de cultura, credo ou cor, a toda a população brasileira. A população indígena nas aldeias, segundo a Fundação de Saúde (BRASIL, 2007), é distribuída em 24 estados, 432 municípios, 336 pólos-base, 4.413 aldeias, totalizando 615 terras indígenas. A população indígena está concentrada em municípios pequenos da região amazônica, o que constitui um desafio para todos os programas do governo e sistemas de informação devido às carências infraestruturais e tecnológicas dessa região. O conceito de cultura tem uma longa história e sua origem é dada aos esforços da antropologia estudando e compreendendo os povos e seus costumes a como lhe dar em determinadas situações, principalmente no cuidado, atuar na atenção a saúde indígena em seu próprio habitat possui peculiaridades, o que dificulta o profissional de enfermagem em seu atendimento, esses desafios se encontram em uma abordagem totalmente divergente da zona urbana, o profissional precisa estar preparado para atuar na atenção básica voltada a saúde indígena e principalmente com conhecimentos tradicionais, trazendo as plantas medicinais como principal ferramenta em favor aos cuidados aos povos indígenas considerando a sua cultura, política e diversalidade1.
Muitos são os problemas que mantém os índios em condições de vida insatisfatórias e sem o atendimento básico em saúde, essas barreiras existem devido ás diferentes crenças, culturas e a falta de informações, levando a falta de interação entre a ciência tradicional com os saberes dos índios. Entre os principais obstáculos apontam-se barreiras organizacionais, geográficas e culturais, incluindo meios de transporte, horário de funcionamento, recursos e limitações relativas à ausência ou incipiência de intérpretes culturais que permitam maior comunicação das etnias com os serviços de saúde (GOMES et al 2017). A enfermagem tem tido acesso á esses povos através de estratégias de saúde rente aos Agentes de Indígenas de Saúde (AIS) ou indígenas jovens1 que auxiliam na busca, comunicação e interpretação entre o profissional enfermeiro e o indígena sendo necessário aprimoramento desse contanto.
O PAPEL DO ENFERMEIRO E SEUS DESAFIOS FRENTE A HUMANIZAÇÃO AOS POVOS INDÍGENAS.
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DOI: 10.22533/at.ed.63620010615
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Palavras-chave: Indígenas, desafios, enfermeiro
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Keywords: Indigenous people, challenges, nurses
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Abstract:
The 1988 Brazilian Constitution (BRASIL, 2000) states that “health is a right of all and a duty of the State”. It can then be inferred that health should be brought, regardless of culture, creed or color, to the entire Brazilian population. The indigenous population in the villages, according to the Health Foundation (BRASIL, 2007), is distributed in 24 states, 432 municipalities, 336 base poles, 4,413 villages, totaling 615 indigenous lands. The indigenous population is concentrated in small municipalities in the Amazon region, which constitutes a challenge for all government programs and information systems due to the infrastructural and technological deficiencies in that region. The concept of culture has a long history and its origin is given to the efforts of anthropology studying and understanding peoples and their customs as to how to give them in certain situations, especially in care, acting in the care of indigenous health in their own habitat has peculiarities, what makes nursing professionals difficult in their care, these challenges are found in a totally divergent approach from the urban area, the professional needs to be prepared to work in primary care focused on indigenous health and especially with traditional knowledge, bringing medicinal plants as the main tool in favor of the care of indigenous peoples considering their culture, politics and diversity1. There are many problems that keep Indians in unsatisfactory living conditions and without basic health care, these barriers exist due to different beliefs, cultures and lack of information, leading to a lack of interaction between traditional science and the knowledge of the Indians . Among the main obstacles are organizational, geographical and cultural barriers, including means of transport, opening hours, resources and limitations related to the absence or incipience of cultural interpreters that allow greater communication between ethnic groups and health services (GOMES et al 2017 ). Nursing has had access to these peoples through health strategies close to the Indigenous Health Agents (AIS) or young indigenous people1 who assist in the search, communication and interpretation between the professional nurse and the indigenous, requiring improvement of this contact.
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Número de páginas: 6
- Priscilla Correa Martins