O IMPACTO DA OBESIDADE NA MORBIMORTALIDADE DOS PACIENTES COM COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA
A obesidade é uma doença metabólica cuja incidência aumenta gradualmente. Diante do impacto da pandemia da obesidade, junto à pandemia do SARS-CoV-2, o presente estudo tem como objetivo compreender como o comprometimento metabólico da obesidade impacta na morbimortalidade da COVID-19 e sobrecarrega os sistemas de saúde no mundo. Neste estudo foi feita uma revisão integrativa a partir de estudos científicos encontrados nas plataformas Public Medline (Pubmed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). As buscas foram realizadas com os descritores: “Obesity”, “Diabetes” e “SARS-CoV-2”. Foram selecionados relatos de caso, artigos originais, artigos de revisão e estudo de coorte prospectiva publicados entre os anos de 2020 a 2021, na língua inglesa e portuguesa, de acordo com relevância temática. Os estudos evidenciaram que pacientes com SARS-CoV-2 apresentavam maior risco de internação hospitalar quando obesos e que a mortalidade por coronavírus é aproximadamente 10 vezes maior em países de população acima do peso. Os estudos demonstraram que a obesidade é um fator de risco independente para a morbimortalidade por COVID-19. Observou-se que a obesidade em pacientes com COVID-19 esteve associada à necessidade de oxigenioterapia, cuidados intensivos, ventilação mecânica, maior tempo para a extubação e mortalidade. Os estudos sugeriram que essa relação se dá provavelmente pelo estado inflamatório de baixo grau característica da obesidade e sugerem que o paciente obeso tem uma resposta imunológica menos satisfatória ao SARS-CoV2. Essa relação sugere que o tratamento prévio da obesidade pode ser muito eficaz na superação da COVID-19 grave, melhorando o prognóstico desses pacientes e reduzindo chances de internação hospitalar. Quanto a saúde pública, um país de indivíduos préviamente hígidos, saudáveis e ativos é um país com população com menos riscos de morbimortalidade a eventuais pandemias, menor demanda de internações hospitalares, consequentemente com melhor gestão de recursos da saúde pública e diminuição da incidência de doenças preveníveis.
O IMPACTO DA OBESIDADE NA MORBIMORTALIDADE DOS PACIENTES COM COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA
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DOI: 10.22533/at.ed.55122020515
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Palavras-chave: “Obesidade”, “COVID-19”, “SARS-CoV2” e “Diabetes”
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Keywords: “Obesity”, “COVID-19”, “SARS-CoV2” and “Diabetes”
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Abstract:
Obesity is a metabolic disease whose incidence gradually increases. Given the impact of the obesity pandemic, together with the SARS-CoV-2 pandemic, the present study aims to understand how the metabolic impairment of obesity impacts the morbidity and mortality of COVID-19 and overloads health systems in the world. In this study, an integrative review was carried out based on scientific studies found on the Public Medline (Pubmed) and Scientific Electronic Library Online (SciELO) platforms. The searches were carried out with the descriptors: “Obesity”, “Diabetes” and “SARS-CoV-2”. Case reports, original articles, review articles and prospective cohort studies published between 2020 and 2021, in English and Portuguese, were selected according to thematic relevance. Studies have shown that patients with SARS-CoV-2 had a higher risk of hospitalization when obese and that mortality from coronavirus is approximately 10 times higher in countries with an overweight population. Studies have shown that obesity is an independent risk factor for COVID-19 morbidity and mortality. It was observed that obesity in patients with COVID-19 was associated with the need for oxygen therapy, intensive care, mechanical ventilation, longer time to extubation and mortality. The studies suggested that this relationship is probably due to the low-grade inflammatory state characteristic of obesity and suggest that the obese patient has a less satisfactory immune response to SARS-CoV2. This relationship suggests that the previous treatment of obesity can be very effective in overcoming severe COVID-19, improving the prognosis of these patients and reducing the chances of hospitalization. Regarding public health, a country with previously healthy, healthy and active individuals is a country with a population with less risk of morbidity and mortality from eventual pandemics, less demand for hospital admissions, consequently with better management of public health resources and a decrease in the incidence of diseases preventable.
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Número de páginas: 9
- Gabriel Andrade Borges
- Arthur Sebba Rady Alberici
- Daniel El Jaliss schuh
- Isabel Silva Araújo Borges
- Júlia Pina Vieira Dos Santos
- Letícia de Matos Campos
- Stella Vasques Resende
- Valkíria César Monteiro
- Victor Lenin Dias Melo
- Elias Hanna
- Victoria César Monteiro
