O DIÁLOGO COM A COMUNIDADE ENQUANTO ATO DA LUTA ANTIMANICOMIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Introdução: A Luta Antimanicomial/ Reforma Psiquiátrica é constante e permanente, e deve envolver diferentes setores. Nesse sentido, o debate sobre a reinserção social e construção de autonomia às pessoas em sofrimento mental é fundamental para processos de mudanças políticas e sociais. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de graduação, pós-graduação e docentes da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) na realização de uma atividade desenvolvida na comunidade para dialogar sobre a Luta Antimanicomial/ Reforma Psiquiátrica. Trata-se de um relato de experiência vivenciado por discentes e docentes na realização de uma atividade desenvolvida na comunidade. A ação ocorreu no dia 17 de maio de 2019 em uma praça de grande circulação de pessoas localizada na região central de Cuiabá-MT. As pessoas foram abordadas a fim de dialogar sobre a Luta Antimanicomial, em que a estratégia utilizada foi a leitura e discussão de poesias escritas por usuários e profissionais de serviços de saúde mental do Brasil, que versavam sobre as dificuldades vivenciados em manicômios contrapondo a importância do cuidado em liberdade. Resultados: As abordagens demonstraram que as pessoas desconheciam o assunto específico da luta e a existência de uma rede de atendimento, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Algumas pessoas, mesmo convivendo com familiares e amigos em sofrimento mental, ainda demonstraram estigma e vergonha. A insegurança diante dos retrocessos da nova política de saúde mental também sobressaiu nas falas. Considerações finais: É no contexto da Reforma Psiquiátrica/ Luta antimanicomial que esta ação foi articulada e, superando as expectativas, ocorreu de forma positiva por meio da interação com as pessoas, com diálogos reflexivos e construtivos. Ressalta-se a atenção que a população proporcionou ao ato, mesmo diante do desconhecimento relacionado às questões políticas, sociais e assistenciais da saúde mental. Deste modo, enfatiza-se que a Reforma Psiquiátrica/ Luta antimanicomial acontece em ato e cotidianamente e só se efetiva por meio da participação ativa de todos.
O DIÁLOGO COM A COMUNIDADE ENQUANTO ATO DA LUTA ANTIMANICOMIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
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DOI: 10.22533/at.ed.59521010316
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Palavras-chave: Reforma Psiquiátrica, Saúde Mental, Luta Antimanicomial
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Keywords: Psychiatric Reform, Mental Health, Anti-asylum Fight
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Abstract:
Introduction: The Anti-asylum Fight / Psychiatric Reform is constant and permanent, and it can involve different sectors. Seen in these terms the debate on social reintegration and building autonomy to people in psychological suffering mental distress is essential to processes of political and social changes. Objective: report the experiences of undergraduates, graduate students and professors of the Faculty of Nursing of the Federal University of Mato Grosso (UFMT) in carrying out an activity developed in the community to discuss the Anti-Asylum Fight. It’s about the experience report lived by students and teachers in carrying out an activity developed in the community. The action happened on May 17th, 2019, in a square of great circulation of people located in the central region of Cuiabá-MT. People were approached to discuss the Anti-Asylum Fight and the strategy used to read and discuss poetry that dealt with mental health and that were produced by users and professionals of mental health services from Brazil, that dealt about the difficulties experienced in asylums, opposing the importance of care in freedom. Results: The approaches demonstrated that people are ignorant about the specific subject of the Anti-asylum Fight and also that there is a service network, the Psychosocial Care Network (PCN). Some people even living with relatives and friends in mental suffering, still showed stigma and shame. The insecurity in the face of the setbacks of the new mental health policy also stood out in the lines. Final considerations: It is in the context of the Psychiatric Reform/ Anti-asylum Fight that this action was articulated and overcoming expectations, it occurred in a positive way through interaction with people, with reflective and constructive dialogues. It is emphasized the attention that the population provided to the act, even in the face of ignorance related to political, social and assistance issues of mental health. In this way, it is emphasized that the Psychiatric Reform / Anti-asylum Fight happens in action and daily and is only effective through the active participation of everyone.
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Número de páginas: 12
- Vanessa Ferraz Leite
- Camille Francine Modena
- Lara dos Santos Parnov
- Thainara Cristina Amorim da Silva
- Samira Reschetti Marcon
- Larissa de Almeida Rezio
