O presente texto busca desvelar

reflexões acerca da prática de Docência

Orientada como parte das disciplinas e

atividades requisitadas nos Programas de

Pós-Graduação brasileiros e da Universidade

Federal de Santa Maria - UFSM. Neste

sentido, nosso intuito é compreender a partir

da reflexividade biográfica e do embasamento

teórico e legal, em que medida esta atividade

está imbricada ao processo de formação

de futuros docentes para o ensino superior,

como assim o quer a orientação para quem

é bolsista CAPES3/Demanda Social. É nesta

disciplina que os futuros docentes, mas também

aqueles que optarem por outros caminhos

profissionais, tem a possibilidade de vivenciar

15 horas/aula de atividades docentes no ensino

superior/graduação, com o acompanhamento

e supervisão do docente responsável pela

disciplina. Neste propósito, significamos nosso

estágio de Docência Orientada realizado em

uma turma de Graduação em Sociologia/

Licenciatura/UFSM, na disciplina de História da

Educação. Partimos da narrativa autobiográfica

como abordagem teórico-metodológica,

embasada em teóricos como Delory-

Momberger (2008, 2009, 2011), Josso (2004,

2010), Passeggi, Souza e Vicentini (2011), e

evidenciamos alguns redimensionamentos da

atividade de docência orientada, da disciplina

de História da Educação, da docência e da

escrita de si enquanto docentes em formação.

Compreendemos que analisar a atividade de

Docência Orientada enquanto experiência

e significá-la na narrativa (Auto) biográfica

constituída como história de formação desvela

uma contribuição para a não cristalização de

parâmetros e a emergência de percepções

como: de que tal prática não é suficiente para

ser tratada como espaço de formação que

nos torna aptos para a docência se não for

motivação e se não servir para, minimamente

ser (re) pensada e (re) significada em nossa

construção biográfica.