NECROPOLÍTICA E PRECARIEDADE NO GESTO DE FILMAR O LUTO DE CRISTIANO BURLAN
É a partir da experiência de um saber territorial de separar os mortos entre aqueles de morte morrida ou de morte matada, que se pretende operar a compreensão de como um cineasta consciente da sua precariedade, lida com suas ruínas. Como o gesto de filmar o luto de Cristiano Burlan, a partir da sua trilogia fílmica com os documentários "Construção" (2006), "Mataram meu irmão" (2013) e "Elegia de um crime" (2018), se relaciona com a noção de “precariedade” de Judith Butler e “necropolítica” de Achille Mbembe? Como, afinal, é possível capturar a distribuição desigual de sentido de vida? Assim, este trabalho busca perseguir as operações de um documentarista que aponta a lente em um tom denunciativo que talvez esclareça algumas dessas questões.
NECROPOLÍTICA E PRECARIEDADE NO GESTO DE FILMAR O LUTO DE CRISTIANO BURLAN
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DOI: 10.22533/at.ed.71721110310
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Palavras-chave: luto; documentário; precariedade; necropolítica; análise fílmica.
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Keywords: mourning; documentary; precariousness; necropolitics; film analysis.
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Abstract:
It is from the experience of a territorial knowledge of separating the dead from those of dead death or death killed, that the intention is to operate the understanding of how a filmmaker aware of his precariousness, deals with its ruins. How does the gesture of filming the mourning of Cristiano Burlan, from his film trilogy with the documentaries "Construção" (2006), "Mataram meu irmão" (2013) and "Elegia de um crime" (2018), relate to the Judith Butler's notion of “precariousness” and Achille Mbembe's “necropolitics”? How, after all, is it possible to capture the uneven distribution of the meaning of life? Thus, this work seeks to pursue the operations of a documentary filmmaker who points the lens in a denunciative tone that may clarify some of these issues.
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Número de páginas: 15
- Leandro Silva Lopes
