Nas fímbrias do sistema: as oficinas de trabalho informal no Centro Comunitário
A proposta deste trabalho, defendido
e aprovado em Dissertação de Mestrado, é
o conhecimento dos papéis históricos das
trabalhadoras de oficinas comunitárias que
compunham o quadro de membros do Centro
Comunitário Nova Marília (SP). Através de
intensa pesquisa etnográfica, pôde-se perceber
que tais mulheres eram as principais provedoras
de suas famílias, vivendo precariamente do
trabalho informal e temporário, em atividades
malvistas, equilibrando-se na linha tênue
entre miséria e parca sobrevivência, tentando
oferecer alguma perspectiva de futuro a
seus filhos, engajando-se em movimentos
locais de reivindicação de melhorias para sua
comunidade (movimentos cuja organização se
estabeleceu e se manteve, em grande parte,
por conta do esforço delas). Vale ressaltar que
o destaque dado ao Centro Comunitário do
bairro justifica-se por ser o principal meio de
se fazer reivindicações políticas, já que o lugar
era frequentemente visitado por candidatos e
políticos locais, que ali se apresentavam durante
campanhas ou vinham prestar contas de seus
mandatos. Por fim, era o Centro Comunitário seu
ponto de encontro por excelência; é ali que elas
trabalhavam, faziam suas festas, rezavam seus
cultos, promoviam campanhas de benfeitoria
pública e, por vezes, durante esse processo
chamado vida, conquistavam alguns direitos.
Nas fímbrias do sistema: as oficinas de trabalho informal no Centro Comunitário
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DOI: 10.22533/at.ed.3821903073
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Palavras-chave: Feminismos. Oficinas de trabalho. Violência simbólica
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Keywords: atena
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Abstract:
atena
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Número de páginas: 15
- Vanessa de Faria Berto