MORTALIDADE MASCULINA NO BRASIL: PROBLEMA DE SAÚDE OU SOCIOCULTURAL?
Violência, doenças do aparelho circulatório e neoplasias: essas são as principais causas da disparidade entre a longevidade masculina e feminina no Brasil. Esse hiato que alcançou no ultimo senso do IBGE a marca de 7,1 anos é um dos grandes desafios da saúde pública nacional. Este trabalho tem como objetivo destacar as principais causas de mortalidade masculina no Brasil e relacionar com as políticas públicas e comportamento sociocultural masculino. A pesquisa possui caráter qualitativo com abordagem exploratória, retrospectiva, que utilizou como procedimento de coleta de dados o recurso da análise documental através de fontes secundárias: Ministério da Saúde (Sistemas de Informação sobre Mortalidade), IBGE, artigos publicados na SciELO e documentos do Ministério da Saúde referentes à saúde do homem. Os resultados demonstram que homens se envolvem mais em situações de acidentes e violências, levando à morte prematura (68% foram homens). A segunda causa de mortalidade masculina foram as DAC (70% desses óbitos foram homens) e em terceiro lugar óbitos por neoplasias, destacando as de pulmões (54% desses óbitos foram homens). Combatendo estes números existe a Política Nacional de Atenção Integral de Saúde do Homem (PNAISH); Política Nacional de Atenção Básica e a Coordenação Nacional de Saúde do Homem do Ministério da Saúde que buscam ações para ampliar o acesso a saúde com qualificação da atenção à saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado, resguardando a integralidade da atenção. Nota-se que ainda há muito a alcançar, principalmente, devido as barreiras socioculturais e institucionais, a pouca aderência ao autocuidado e a busca tardia dos serviços de saúde por parte da população masculina, sendo necessário reforçar a educação em saúde e o engajamento dos profissionais da saúde na atenção básica, em especial o farmacêutico por ser uma profissão que apresenta maior capilaridade no SUS e farmácias privadas.
MORTALIDADE MASCULINA NO BRASIL: PROBLEMA DE SAÚDE OU SOCIOCULTURAL?
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DOI: 10.22533/at.ed.81421120611
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Palavras-chave: PNAISH; SUS; Saúde do Homem; Farmacêutico; mortalidade
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Keywords: PNAISH; SUS; Men's Health; Pharmaceutical; mortality
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Abstract:
Violence, diseases of the circulatory system and neoplasms: these are the main causes of the disparity between male and female longevity in Brazil. The gap that reached in the last IBGE sense the mark of 7.1 years is one of the great challenges of the national public health. This work aims to highlight the main causes of male mortality in Brazil and relate to public policies and male socio-cultural behavior. The research has a qualitative character with an exploratory, retrospective approach, which used as a data collection procedure the resource of document analysis through secondary sources: Ministry of Health (Mortality Information Systems), IBGE, articles published in SciELO and Ministry Health documents related to men´s health. The results show that men are more involved in situations of accidents and violence, leading to premature death (68% were men). The second cause of male mortality was CSD (70% of these deaths were men’s) and in third place, deaths due to neoplasms, highlighting those from the lungs (54% of these deaths were men’s). Combating these figures, there is the National Policy for Comprehensive Men's Health Care (PNAISH); National Policy of Primary Care and the National Coordination of Men's Health of the Ministry of Health that seek actions to expand access to health with qualification of health care for the male population from the perspective of lines of care, safeguarding the integrality of care. It is noted that there is still a lot to achieve, mainly due to socio-cultural and institutional barriers, the low adherence to self-care and the late search for health services by the male population. It necessary to reinforce health education and the engagement of health professionals in primary care, especially the pharmacist because it is a profession that has greater capillarity in SUS and private pharmacies.
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Número de páginas: 10
- Anatessia Miranda Costa
- Glauber Saraiva Sales
- José Yagoh Saraiva Rolim
- Jandir Saraiva Sales
- Marcos Vinícius Soares Silva