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capa do ebook MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR POR DOENÇA DE CROHN E RETOCOLITE ULCERATIVA NO BRASIL ENTRE 2009 E 2018

MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR POR DOENÇA DE CROHN E RETOCOLITE ULCERATIVA NO BRASIL ENTRE 2009 E 2018

INTRODUÇÃO: As doenças inflamatórias intestinais (DII), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, possuem etiologia multifatorial e constituem importante problema de saúde pública no Brasil. A sintomatologia responde substancialmente pela morbimortalidade desse grupo de doenças. OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico das internações por DII no país entre 2009 e 2018. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo a partir de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS/MS). As variáveis analisadas foram: hospitalizações, gastos hospitalares, região, faixa etária, caráter de atendimento, sexo e óbitos. RESULTADOS: Foram catalogadas 41.927 internações, envolvendo um gasto anual de R$ 3.126.893 com serviços hospitalares. A região que abarcou o maior número de internações foi a Sudeste (18.860), a faixa etária mais predominante foi de 20 a 59 anos (23.873) e o sexo feminino foi o mais prevalente (54%). 33.792 dos casos consistiram em internações de urgência e o tempo médio de internação foi de 7,2 dias. 1.070 pacientes evoluíram para óbito, a maioria da região Sudeste (478 casos), na faixa etária de 60 anos ou mais (578) e do sexo masculino (548). DISCUSSÃO: A incidência das DII cresceu em todas as regiões, seguindo a tendência mundial pelo aumento no número de diagnósticos e maior incidência geral. A prevalência maior em pessoas mais jovens pode se correlacionar com fatores ambientais mais recentes, os quais podem atuar como desencadeadores epigenéticos. As DII são onerosas ao sistema de saúde por serem condições crônicas, que demandam tratamento especial, internações frequentes, tratamentos cirúrgicos e cuidados intensivos. Há também impactos econômicos para seus portadores diante das limitações físicas e psicológicas que elas impõem. CONCLUSÃO: Nota-se, pois, a necessidade de maior ênfase em planejamento de atenção primária nessas doenças – o que impedirá a descompensação dos quadros e otimizará a qualidade dos portadores dessas afecções.

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MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR POR DOENÇA DE CROHN E RETOCOLITE ULCERATIVA NO BRASIL ENTRE 2009 E 2018

  • DOI: 10.22533/at.ed.72320121113

  • Palavras-chave: Proctocolite; Doença de Crohn; Epidemiologia; Indicadores de morbimortalidade.

  • Keywords: Proctocolitis; Crohn Disease; Epidemiology; Indicators of Morbidity and Mortality.

  • Abstract:

    INTRODUCTION: Inflammatory bowel diseases (IBD), such as Crohn's disease and ulcerative colitis, have a multifactorial etiology and are an important public health problem in Brazil. The symptomatology substantially accounts for the morbidity and mortality of this group of diseases. OBJECTIVE: To trace the epidemiological profile of IBD hospitalizations in the country between 2009 and 2018. METHODOLOGY: Cross-sectional, descriptive and retrospective study using data from the SUS Hospital Information System (SIH/SUS/MS). The variables analyzed were: hospitalizations, hospital expenses, region, age group, type of care, sex and deaths. RESULTS: 41,927 hospitalizations were cataloged, involving an annual expense of R $ 3,126,893 for hospital services. The region with the highest number of hospitalizations was the Southeast (18,860), the most prevalent age group was 20 to 59 years old (23,873) and the female sex was the most prevalent (54%). 33,792 of the cases consisted of emergency admissions and the average hospital stay was 7.2 days. 1,070 patients died, most of them from the Southeast region (478 cases), aged 60 years or over (578) and male (548). DISCUSSION: The incidence of IBD has grown in all regions, following the global trend due to the increase in the number of diagnoses and a higher general incidence. The higher prevalence in younger people can be correlated with more recent environmental factors, which can act as epigenetic triggers. IBDs are costly to the health system because they are chronic conditions that require special treatment, frequent hospitalizations, surgical treatments and intensive care. There are also economic impacts for their patients in view of the physical and psychological limitations they impose. CONCLUSION: It is noted, therefore, the need for greater emphasis on primary care planning in these diseases - which will prevent the decompensation of conditions and optimize the quality of patients with these conditions.

  • Número de páginas: 8

  • José Willyan Firmino Nunes
  • João Pedro Matos de Santana
  • Jussara Cirilo Leite Torres
  • Matheus Gomes Lima Verde
  • Michelle Vanessa da Silva Lima
  • Thaís de Oliveira Nascimento
  • José Nobre Pires
  • Agatha Prado de Lima
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