Literatura e música nos contos
A escritora Carson McCullers (1917-
1967) nasceu com o nome de Lula Carson
Smith, em Columbus, Georgia, nos Estados
Unidos. Antes de publicar seu primeiro romance,
The Heart is a Lonely Hunter (1940), McCullers
rompeu com outra arte a que se dedicou: a
música. Ela empenhou-se no aprendizado
de piano com a professora Mary Tucker, mas
Tucker precisou mudar-se para a Virgínia
quando seu marido foi transferido da base
militar de Forte Benning. McCullers respondeu
que já havia decidido tornar-se escritora e
não pianista concertista. (CARR, 2003, p. xiv)
A música, no entanto, reaparecerá em suas
obras literárias. Na coletânea The Ballad of the
Sad Café and Other Stories (1951), Madame
Zilensky dedica-se a ensinar música e a compor
uma sonata no conto “Madame Zilensky e o Rei
da Finlândia” e Frances Bienchen, no conto
“Wunderkind”, desiste da música. As análises
a seguir orientam-se pela perspectiva teórica
do pensador francês René Girard (1923-2015),
criador da teoria mimética, uma teoria que
aborda a mediação entre indivíduos vistos como
sujeitos e modelos uns dos outros, tema que
pode ser encontrado na relação entre professor
e aluno (“Wunderkind”) e na relação entre
professor e chefe de departamento (“Madame
Zilensky e o Rei da Finlândia”). Espelhamentos,
sentimentos de admiração, rompimentos e
reconciliações serão discutidos nesta análise
Literatura e música nos contos
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DOI: 10.22533/at.ed.8951822117
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Palavras-chave: Carson McCullers. René Girard. Teoria Mimética. Música. Literatura.
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Keywords: Atena
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Abstract:
ATENA
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Número de páginas: 15
- Júlia Reyes