LARINGOPLASTIA COM BALÃO COMO TRATAMENTO PARA ESTENOSE SUBGLÓTICA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A estenose subglótica (ESG) é
um estreitamento da endolaringe e uma das
causas mais frequentes de estridor e de
desconforto respiratório em crianças. Ela é
classificada em congênita ou adquirida. Esta
é, geralmente, secundária à intubação traqueal
prévia, enquanto aquela é ocasionada pela
presença de um tecido fibroso ou cartilaginoso
originado de alguma malformação da
cartilagem cricóide. O tratamento pode
envolver procedimentos endoscópicos tanto
na fase aguda quanto na crônica. Dentre o
arsenal de procedimentos endoscópicos, a
laringoplastia com balão (LPB) vem ganhando
o cenário mundial como principal opção
terapêutica. A principal vantagem desta técnica
em relação a outros métodos endoscópicos
de dilatação é a possibilidade de promover
expansão centrífuga, mesmo na presença de
lúmens muito reduzidos. Especula-se que seu
uso, em comparação com outros métodos de
dilatação, promova menos lesão tecidual e,
portanto, menos reação cicatricial. Entretanto,
as principais dificuldades na LPB, atualmente,
estão relacionadas à falta de padronização,
principalmente no número de dilatações.
Não há na literatura padronização no que diz
respeito à pressão de dilatação, tempo de
dilatação, intervalo entre as dilatações, uso
de moldes e medicações tópicas ou injetáveis.
Mais estudos são necessários para sabermos
qual é realmente o índice de sucesso desse
procedimento e quais os pacientes que se
beneficiam com esta técnica, além do diâmetro
correto do balão para cada faixa etária, o tempo
ideal de permanência do mesmo na subglote e
a pressão máxima que podemos utilizar.
LARINGOPLASTIA COM BALÃO COMO TRATAMENTO PARA ESTENOSE SUBGLÓTICA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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DOI: 10.22533/at.ed.44719250929
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Palavras-chave: Laringoestenose. Laringoplastia. Dilatação com balão.
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Keywords: Larynx stenosis. Laryngoplasty. Balloon
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Abstract:
Subglottic stenosis is a narrowing of the larynx and one of the most
frequent causes of stridor and respiratory distress in children. It is classified as
congenital, which is caused by the presence of a fibrous or cartilaginous tissue
originated from some malformation of the cricoid cartilage, or acquired, which is
usually secondary to previous tracheal intubation. Treatment may involve endoscopic
procedures in both the acute and chronic stages. Among the arsenal of endoscopic
procedures, balloon laryngoplasty has been winning the world scenario as the main
therapeutic option. The main advantage of this technique over other endoscopic
dilatation methods is the possibility of promoting centrifugal expansion, even in the
presence of very low lumens. It is speculated that its use, in comparison with other
methods of dilation, promotes less tissue injury and therefore less cicatricial reaction.
However, the main difficulties in LPB, currently, are related to the lack of standardization,
mainly in the number of dilations. There is no literature on standardization with regard
to dilatation pressure, dilatation time, interval between dilations, use of molds, and
topical or injectable medications. More studies are needed to know what the success
rate of this procedure really is and which patients benefit from this technique, as well
as the correct balloon diameter for each age group, the ideal length of stay in the
subglobe and the maximum pressure that we can use.
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Número de páginas: 15
- Letícia Porfírio de Albuquerque
- Lucas Soares Rodrigues Gomes
- Renato do Amaral Antunes
- Davi Lima Medeiros
- Francisco de Assis Silva Segundo
- Lucas Soares Bezerra de França