INFECÇÕES DE FERIDA CIRÚRGICA EM NEUROCIRURGIAS: UMA REVISÃO
INTRODUÇÃO: As infecções de ferida cirúrgica (IFC) nas neurocirurgias levam à necessidade de mais intervenções, aumentando o custo da assistência médica e o risco dos pacientes. OBJETIVO: Avaliar as evidências disponíveis na literatura sobre as IFC em neurocirurgia. MATERIAL & MÉTODOS: Revisão de literatura realizada por meio de busca online das produções científicas nacionais e internacionais utilizando as bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF através da Biblioteca Virtual em Saúde. Critérios de inclusão: artigos encontrados no período de 2011 a 2020 que se enquadrassem na temática. Utilizando os descritores “neurocirurgia”, “ferida cirúrgica”, “infecção” e selecionando quanto aos critérios de inclusão foram selecionados 13 artigos científicos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudos demonstram que a ocorrência de IFC em neurocirurgias é considerável e implica na necessidade de pelo menos mais uma operação para tratá-la. O vazamento de ferida, instrumentação, duração maior da cirurgia e o tempo de permanência pré-operatória foram fatores de risco significativos. Além disso, os extremos de idade e a gravidade da condição clínica do paciente também são citados como fatores de risco. Os Staphylococcus aureus foram isolados com maior frequência nas cirurgias cerebrais, enquanto a Enterobacteriaceae foi predominante após cirurgia da coluna vertebral. O uso prolongado da antibioticoprofilaxia não reduz as taxas de IFC, reforçando a importância do uso racional e baseado em protocolos eficazes. Ademais, a prática da sutura intradérmica e a utilização de instrumentos de avaliação do paciente, proporcionam uma melhor assistência e identificação precoce dos fatores de risco associados à IFC. CONCLUSÃO: A necessidade de mais intervenções nas feridas cirúrgicas decorrentes de complicações infecciosas é considerada relevante no campo da neurocirurgia. O conhecimento de fatores de risco, assim como a identificação precoce de pacientes de alto risco pode refletir na diminuição dos casos de infecção, diminuindo o risco de óbitos e os custos para a saúde.
INFECÇÕES DE FERIDA CIRÚRGICA EM NEUROCIRURGIAS: UMA REVISÃO
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DOI: 10.22533/at.ed.6972122118
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Palavras-chave: Neurocirurgia; Ferida cirúrgica; Infecção.
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Keywords: Neurosurgery; Surgical wound; Infection.
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Abstract:
INTRODUCTION: Surgical wound infections (SFI) in neurosurgeries lead to the need for more interventions, increasing the cost of medical care and the risk to patients. OBJECTIVE: To assess the evidence available in the literature on SFI in neurosurgery. MATERIALS & METHODS: Literature review conducted through an online search of national and international scientific productions using the LILACS, MEDLINE and BDENF databases through the Virtual Health Library. Inclusion criteria: articles found in the period 2011-2020. fit into the theme. Using the descriptors “neurosurgery”, “surgical wound”, “infection” and selecting the inclusion criteria, 13 scientific articles were selected. RESULTS AND DISCUSSION: Studies show that the occurrence of SFI in neurosurgeries is considerable and implies the need for at least one more operation to treat it. Wound leakage, instrumentation, longer duration of surgery, and preoperative length of stay were significant risk factors. Furthermore, the extremes of age and the severity of the patient's medical condition are also cited as risk factors. Staphylococcus aureus was more frequently isolated in brain surgeries, while Enterobacteriaceae was predominant after spinal surgery. The prolonged use of antibiotic prophylaxis does not reduce SFI rates, reinforcing the importance of rational use based on effective protocols. Furthermore, the practice of intradermal suture and the use of patient assessment instruments provide better care and early identification of risk factors associated with SFI. CONCLUSION: The need for more interventions in surgical wounds resulting from infectious complications is considered relevant in the field of neurosurgery. The knowledge of risk factors, as well as the early identification of high-risk patients, can lead to a reduction in cases of infection, reducing the risk of death and health costs.
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Número de páginas: 11
- Brenno Willian Sousa Santos
- Caio Matheus Feitosa de Oliveira
- Francisco Pereira de Miranda Júnior
- Giovana da Rocha Leal Dias
- Natana Maranhão Noleto da Fonseca
- Nilsa Araújo Tajra
- Silmara Ferreira de Oliveira
- Yngre Campagnaro Nogueira
- Odilea Ribeiro Sanção
- Ariela Karollyny Santos Silva
- José Nazareno Pearce de Oliveira Brito
- Beatriz Sousa Santos