A inclusão escolar de estudantes público-alvo da Educação Especial (PAEE) no Brasil, apesar dos avanços legais, enfrenta desafios complexos que ultrapassam as adaptações físicas. A problemática central é a efetivação da inclusão, que ainda se depara com barreiras estruturais, formativas e atitudinais, comprometendo o acesso, a permanência e o desenvolvimento integral desses estudantes. A presente pesquisa, tem por abordagem qualitativa e análise bibliográfica e documental, investiga os obstáculos e as práticas que promovem a participação e o aprendizado. A análise de dados evidencia a necessidade de ir além da acessibilidade arquitetônica, priorizando a formação de professores, a criação de uma cultura escolar inclusiva e a reestruturação pedagógica. O estudo, fundamentada na perspectiva histórico-cultural de Vygotsky, entende a deficiência não como limitação absoluta, mas como uma condição que reorganiza as possibilidades de desenvolvimento, tornando a mediação social e cultural essencial. Conclui-se que a inclusão escolar é uma responsabilidade coletiva, exigindo um compromisso ético e institucional para que os estudantes PAEE não apenas ocupem o espaço escolar, mas participem ativamente e tenham seus direitos de aprendizagem e cidadania assegurados.