A segurança do paciente em procedimentos cirúrgicos é um elemento central na promoção da qualidade assistencial, particularmente em contextos de alta complexidade como as cirurgias eletivas e de emergência. Este estudo conduz uma revisão narrativa da literatura sobre estratégias de gestão de riscos e intervenções baseadas em evidências que visam reduzir a ocorrência de eventos adversos em procedimentos cirúrgicos, considerando as diferenças contextuais entre as cirurgias planejadas e as emergenciais. A análise detalha as práticas preventivas associadas às cirurgias eletivas, incluindo a avaliação pré-operatória detalhada, o uso de checklists e o planejamento multidisciplinar, que colaboram para a identificação de riscos específicos e a minimização de complicações. Em contrapartida, examina as abordagens para cirurgias de emergência, onde a urgência demanda protocolos padronizados, tecnologias de monitoramento em tempo real e um treinamento rigoroso da equipe para respostas rápidas e coordenadas. Este estudo também discute o impacto da cultura organizacional na segurança cirúrgica, evidenciando como práticas de reporte de erros, comunicação aberta e engajamento da liderança contribuem para um ambiente de segurança robusto. São analisados os avanços tecnológicos, como a inteligência artificial e a cirurgia robótica, que ampliam as possibilidades de monitoramento e precisão, resultando em desfechos clínicos aprimorados. Conclui-se que uma abordagem integrada, que combine práticas baseadas em evidências, inovação tecnológica e cultura de segurança, é essencial para assegurar a excelência e a eficácia no cuidado cirúrgico.