Este relato tem como objetivo

apresentar a experiência com a Terapia

Comunitária de uma equipe de residentes do

programa de Residência Integrada em Saúde,

da Escola de Saúde Pública do Ceará, ênfase

em Saúde Mental Coletiva. Esse programa

está vinculado à perspectiva das Redes de

Atenção à Saúde na lógica da clínica ampliada

e em consonância com a Reforma Psiquiatra

Brasileira, buscando efetivar cuidados em

saúde com base comunitária. Nesse sentido,

faz-se necessário adentrar o território e buscar,

juntamente com os sujeitos, propostas de

enfretamento das dificuldades e fortalecimento

da autonomia diante do adoecimento.

Conforme esse pensamento, a oportunidade

de formação em Terapia Comunitária articulada

à RIS/ESP-CE corroborou com a inserção da

equipe no território, haja vista a potência da TC

como tecnologia de cuidado e promoção de

saúde. A equipe de residentes encontra-se em

processo de constituição que apresentou uma

fase inicial na qual foi necessário se desnudar

dos aspectos arraigados durante a nossa

formação profissional. Ao nos deparamos com

a metodologia da roda, que proporciona o

compartilhamento de vivências, estabelecimento

de vínculos, troca, ensinamentos, dentre outros,

seguimos aos poucos, envolvendo-nos no

balançar da roda, deixando fluir a emoção. Ao

longo dos dias, nós, terapeutas em formação,

fomos ganhando confiança, estreitando a

amizade do grupo e trazendo para nossa vida

uma maior compreensão de si e do outro,

transformando-nos pessoal e socialmente no

enfrentamento das situações cotidianas.